Não é novidade e nem por falta de aviso que com as redes sociais e a inovação tecnológica, mentiras são facilmente disseminadas pelas internet.
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De acordo com um levantamento do Buzzfeed Brasil, por exemplo, em 2016 mais notícias falsas sobre a Operação Lava Jato foram compartilhadas no Facebook do que verdadeiras. A consequência de ações assim são amplamente problemáticas – ainda mais por causa da força de disseminação da internet - uma vez que põe em cheque a credibilidade do jornalismo e alimenta discursos, muitas vezes de ódio, ainda mais quando se trata de política.
Mas enquanto o detector de notícias falsas anunciado por Mark Zuckerberg não chega, boatos continuam se espalhando, não só pelo Facebook, mas pela internet como um todo.
Um caso recente é em relação aos usuários brasileiros na maior rede social do mundo. Nas últimas semanas diversas pessoas compartilharam um “aviso” de que a empresa planejava tornar públicos os dados de seus usuários sem qualquer tipo de aviso prévio. E que, portanto, para não ser vítima da enrascada era necessário copiar/colar e postar a seguinte mensagem no perfil: "É amanhã... a partir de amanhã as suas publicações, fotos ou até mesmo mensagens que você excluiu serão publicas para todo mundo. Basta colar isso no seu mural, se você não autoriza o faceboook a postar sua privacidade (copie e cole no seu mural não pode compartilhar). Eu não autorizo o facebook a tirar minha privacidade
- Copie e Cole .. (Não Compartilhar)".
Em resposta aos diversos compartilhamentos e postagens, o Facebook emitiu uma nota esclarecendo que se trata de uma inverdade. O alerta aparece na linha do tempo assim que o login é realizado.
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Limite entre marketing e notícia
Com a finalidade de se tornar um viral a empresa Zacozo divulgou um suposto aplicativo chamado Facezam, cujo objetivo era por meio de uma foto abrir instantaneamente o perfil da pessoa que está na imagem.
A ideia, obviamente, assustou os internautas mais preocupados com a sua privacidade – afinal, não sabiam que se tratava de uma “brincadeira”. E após a identificação de que nada mais era do que uma estratégia de marketing, o Facebook informou que a ideia iria violar a política de privacidade da empresa, e que portanto, não entraria em vigor na plataforma.
Adendo
Em 2011, cinco pessoas abriram processo contra o Facebook porque acharam inadequada a postura da rede social em vender seus dados à publicidade.
O desfecho da história se deu em 2013 com a empresa pagando US$ 20 milhões aos cinco usuários que a processaram. Será mesmo que quem diz zelar pela nossa privacidade na internet age de acordo com o discurso?
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