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Apesar de proporcionar a interação entre mais de dois bilhões de pessoas, o Facebook pode oferecer indícios não muito positivos sobre seus usuários. Um estudo realizado pelas universidades da Califórnia em San Diego e de Yale apontou que o uso da rede social pode estar relacionado a níveis mais baixos de saúde e felicidade. Para o site "Digital Trends", trata-se de uma descoberta alarmante se levarmos em conta a popularidade da plataforma.

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Publicada na Revista Americana de Epidemiologia (American Journal of Epidemiology), a pesquisa aponta que aqueles que utilizam o Facebook com mais frequência são menos satisfeitos com suas vidas e menos saudáveis que as pessoas que não utilizam a rede social tantas vezes. Para chegar à esta conclusão, Holly Shakya, professora de saúde pública na Universidade da Califórnia em San Diego, e Nicholas Christakis, diretor do laboratório de humanidades na Universidade de Yale, analisaram a saúde mental e as interações social de 5.208 pesoas durante dois anos.

Estudo sobre o Facebook aponta que usuários podem apresentar problemas de saúde mental conforme sua atividade
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Estudo sobre o Facebook aponta que usuários podem apresentar problemas de saúde mental conforme sua atividade

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Durante o período, os participantes responderam a diversas perguntas que ajudavam a monitorar sua saúde, suas emoções e analisar o uso da rede social. Os pesquisadores descobriram que a frequência de acessos à rede social estava fortemente ligada a "saúde social, física e psicológica comprometidas". Segundo o estudo, a chance do usuário apresentar problemas de saúde mental aumenta de 5% a 8% conforme conforme aumenta o número de curtidas, de cliques em links e de atualização de status.

Esta, porém, não é a primeira pesquisa que apresenta uma relação entre o uso da rede social e a saúde individual. Um estudo anterior apontou que, quanto maior a frequência de acesso à plataforma, maiores as possibilidades de a pessoa apresentar sintomas de isiolamento e ansiedade.

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Como lembra o "Digital Trends", existem diversas variáveis que podem afetar pesquisas como esta e podemos não conseguir concluir definitivamente que o Facebook é "bom" ou "ruim" para nossa saúde mental. Apesar disso, Christakis diz que "o que as pessoas realmente precisam são amigos e interações reais.

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