Muitas empresas retiraram anúncios do YouTube após suas publicidades terem sido colocadas ao lado de conteúdos considerados extremistas

Depois de perder uma série de anunciantes por ter exibido suas publicidades ao lado de vídeos extremistas , o YouTube ofereceu uma compensação às empresas que se sentiram prejudicadas. O curioso é que, em alguns casos, o valor ofertado pela plataforma de vídeos do Google foi inferior a US$ 3, de acordo com informações do "Financial Times".
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A proposta de reembolso por parte do YouTube teria sido feita após conversas com os anunciantes e agências de publicidade que não mostraram a intenção de retomar campanhas com o YouTube por preocupações relacionadas à segurança. O Google não especificou à reportagem do jornal britânico os valores oferecidos.
Entre as hipóteses apresentadas, está a possibilidade de que as páginas tenham recebido um número muito baixo de views, mas que, mesmo dessa forma, a empresa seja obrigada a oferecer um reembolso devido às cláusulas de contrato.
O Google, junto com outras empresas do setor de tecnologia, está sendo cobrado por não se esforçar o suficiente para reduzir a proliferação do conteúdo extremista que é divulgado online.
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No mês de março, uma série de anunciantes , como Starbucks, Volkswagen, Walmart e McDonald's removeram anúncios do YouTube depois de terem campanhas veiculadas ao lado de vídeos considerados inapropriados.
Algumas ações foram realizadas desde então para diminuir o impacto destes conteúdos. Na última semana, por exemplo, YouTube, Facebook, Twitter e Microsoft anunciaram a criação de um fórum para combater o conteúdo terrorista em suas plataformas.
O Fórum Global de Internet para Combate ao Terrorismo, como foi nomeado, servirá para o compartilhamento de soluções em tecnologia para a remoção deste tipo de material. Além disso, também haverá pesquisas de contraposição a este discurso.
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Segundo um comunicado divulgado pelo YouTube e as demais empresas, o fórum "vai formalizar e estruturar áreas existentes e futuras de colaboração entre nossas companhias e fomentar cooperação com empresas de tecnologia menores, grupos da sociedade civil, acadêmicos, governos e órgãos supranacionais como a União Europeia e a ONU".