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De acordo com a pesquisa TIC Domicílios de 2016, apenas 58% da população brasileira tem acesso à internet diariamente. O considerável avanço de 5% no período de um ano reflete diretamente na expansão da rede e na quantidade de conteúdo hospedado nas suas várias camadas.

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Desenvolver um manual interno de boas práticas para os colaboradores que têm acesso à internet é uma boa ideia, veja por quê
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Desenvolver um manual interno de boas práticas para os colaboradores que têm acesso à internet é uma boa ideia, veja por quê

Embora a surface web ( internet superficial, em tradução livre) seja a mais utilizada pelas pessoas, essa camada abriga apenas 4% das informações online. Enquanto que os outros 96% estão na deep web (internet profunda, em tradução livre).

Segundo o CEO da UPX Technologies, Bruno Prado, a deep web é muito utilizada pelas instituições para compartilhar e hospedar documentos e arquivos confidenciais, por conta da privacidade oferecida. “O exército, as forças policiais, jornalistas e universidades são exemplos de instituições que recorrem à parte mais escondida com finalidades específicas referentes ao sigilo dos dados”, exemplifica o especialista.

Por outro lado, Prado ressalta que o anonimato da deep web oferece recursos para viabilizar crimes virtuais, como roubo e venda de dados pessoais e corporativos, sequestro de informações confidenciais ou ataques de negação de distribuição de serviço, que congestiona e derruba o site do alvo.

Devido a esse perigo em potencial, Bruno Prado avalia que as empresas devem investir na varredura por todas as camadas do nome da companhia, marcas ou termos específicos previamente estabelecidos pelo gestor ou por um técnico em segurança. Além disso, o CEO da UPX aponta que o monitoramento em tempo real das atividades suspeitas é a melhor técnica, pois possibilita a definição da melhor estratégia de defesa ou mitigação de riscos.

É importante ressaltar que não é ilegal acessar à deep web, entretanto essa camada proporciona condições para atividades criminosas, inclusive no mundo dos negócios para sabotar a concorrência, sendo então essencial ficar atento às profundidades da internet.

Além desse monitoramento, o gerente de TI da Access, André Iwase, avalia que é um ponto-chave gerir de forma integrada e harmonizada as pessoas, equipamentos, hardware e software, para ter maior controle e diminuição da vulnerabilidade de dados em todo o processo.

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Iwase compara dizendo que o cuidado com os documentos e o conteúdo de uma empresa exige a mesma cautela que os bancos têm com o dinheiro. Além de boas práticas como:

1.     Previna-se

Estar atento aos eventos que a empresa vai participar e aos acontecimentos ao redor do mundo é essencial. O especialista exemplifica dizendo que “se a sua companhia será protagonista de alguma ação ou projeto de grande visibilidade isso aumenta a chance de um possível ataque cibernético.” Imaginar diferentes cenários e prevenir qualquer vazamento de informação é um bom insight para colocar de repente mais uma camada de identificação de acesso, por exemplo.

A terceirização do serviço de gestão documental é uma boa alternativa também, para que, desta forma, a companhia foque em sua especialidade, e deixe essa parte com uma empresa especializada.

2.     Investimento em governança corporativa com foco em segurança

Ter os melhores softwares sempre atualizados, e técnicos de segurança das equipes que manuseiam os arquivos mais visados são bons elementos para investir. “Esse processo deve ocorrer periodicamente, assegurando a renovação completa de todo o setor, buscando profissionais e ferramentas cada vez mais qualificados”, diz Iwase.

3.     Treine seus funcionários

Desenvolver um manual interno de boas práticas para os colaboradores que têm acesso à internet é uma boa ideia, uma vez que os ataques acontecem muitas vezes por meio de links e anexos corrompidos, como o WannaCry. Ou seja, ter várias pessoas cientes do uso correto da web e de como identificar as ameaças, garante um ambiente mais consciente com a segurança cibernética.

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