O real impacto dos anúncios publicados por grupos russos na internet finalmente começa a ser revelado. De acordo com informações de veículos como "New York Times" e "NBC News", que obtiveram o depoimento do Facebook a uma comissão no Senado norte-americano, cerca de 126 milhões de pessoas foram expostas a publicações patrocinadas na rede social que visavam interferir no resultado das eleições presidenciais que elegeram o republicano Donald Trump.

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De acordo com o relatório, os anúncios de páginas russas envolvendo a política dos EUA foram realizados entre janeiro de 2015 e agosto de 2017 e atingiram mais da metade da base de usuários do Facebook no país. Originalmente, cerca de 80 mil publicações foram vistas por 29 milhões de pessoas, que aumentaram este alcance por meio de curtidas e compartilhamentos. Segundo a plataforma, a campanha também foi levada ao Instagram .

Segundo o Facebook, número de usuários que visualizaram anúncios aumentou por conta de curtidas e compartilhamentos
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Segundo o Facebook, número de usuários que visualizaram anúncios aumentou por conta de curtidas e compartilhamentos

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Na rede social de fotos, mais de 170 contas ligadas ao russos foram excluídas. Elas foram usadas para publicar mais de 120 mil imagens ligadas às eleições realizadas em novembro do ano passado. A plataforma também indicou ameaças à segurança digital de políticos norte-americanos por conta de campanhas realizadas pelo APT28, um grupo de hackers ligados às divisões militares da Rússia.

Como lembra o site "Engadget", a empresa foi relativamente rápida para chegar ao alcance da campanha de desinformação, levando em conta que, no período, cerca de 11 trilhões de publicações foram realizadas em páginas da plataforma. A campanha envolveu a publicação de notícias falsas relacionadas à então candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, e a valorização da imagem de Trump.

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Vale lembrar que os números divulgados pelo Facebook indicam que os anúncios foram exibidos para os usuários, mas não comprovam que fizeram as pessoas mudarem de opinião ou que sequer foram notados na página. No entanto, dão uma ideia do nível de interferência na campanha presidencial. O problema pode se intensificar a medida que Google e Twitter também relevarem os resultados da campanha em suas plataformas.

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