O fundador do Megaupload, antigo site de compartilhamento de arquivos, afirmou que pretende desenvolver uma internet alternativa com ajuda dos smartphones. Em publicação feita em sua conta no Twitter, Kim Dotcom afirmou que o objetivo é combater os problemas ligados à falta de privacidade e de liberdade enquanto estamos conectados. Segundo ele, a rede alternativa, batizada de MegaNet , irá operar sem utilizar endereços de IP.
Leia também: Dona de rival do WhatsApp, Tencent supera Facebook em valor de mercado
"Tenho trabalhado nisso por um longo tempo. As redes móveis e os dispositivos estarão prontos para isso em quatro ou cinco anos. Quando ir ao ar, nosso sonho pela verdadeira liberdade na internet deverá se tornar realidade", disse o fundador do Megaupload em seu perfil. Condenado nos Estados Unidos por conta da distribuição ilegal de arquivos, o programador afirma que pretende ajudar a criar uma internet sem barreiras.
Leia também: Twitter poderá relançar recurso que permite salvar seus tuítes favoritos
"A atual internet corporativa será substituída por uma internet melhor, funcionando com a capacidade ociosa de centenas de milhões de dispositivos móveis", disse. "Dirigido pelas pessoas para as pessoas. Quebrar a neutralidade de rede só irá acelerar a adoção de uma nova rede". A fala é uma crítica aos planos do governo norte-americano de acabar com a exigência da neutralidade de rede, adotada em 2015.
A medida impede as operadoras de cobrar, de forma diferenciada, os dados consumidos por seus clientes. Caso a mudança realmente aconteça, empresas poderão oferecer pacotes específicos para acessar plataformas de streaming, por exemplo. Segundo o site "RT", críticos afirmam que a mudança dará aos provedores um controle muito grande sobre o que as pessoas podem ou não ver na internet.
Leia também: Black Friday: variação de preço dos aparelhos mais populares pode chegar a 218%
A Federal Communications Comission (FCC) – uma espécie de Anatel dos EUA – tem se posicionado contra a neutralidade de rede. "Em dois anos depois da decisão da FCC, o investimento em redes de banda larga caiu mais de 5,6%", disse, em artigo no Wall Street Journal, Ajit Pai, diretor da FCC nomeado pelo presidente norte-americano Donald Trump. Com residência na Nova Zelândia, Dotcom foi considerado extraditável aos EUA em fevereiro deste ano. O fundador do Megaupload, no entanto, ainda resiste à decisão.