A polícia da Coreia do Sul acusou nesta terça-feira (12) um grupo de hackers da Coreia do Norte de atacarem quatro corretoras que negociam bitcoin no país. O golpe envolvendo a moeda digital teria sido efetuado entre julho e agosto deste ano e segundo informações das autoridades locais, o ataque ocorreu por meio de e-mails maliciosos enviados para os funcionários das financeiras.
Leia também: Desligamento da TV analógica da Região Sul será feito em menos de dois meses
Durante a campanha maliciosa, os espiões norte-coreanos teriam acessado a uma quantia não informada de bitcoin . "É razoável presumir que eles conseguiram acumular uma quantia satisfatória, e que esse valor está aumentando significativamente no momento", afirmou Bryce Boland, diretor de tecnologia da empresa de segurança cibernética FireEye, com sede em Cingapura.
Leia também: Google Maps poderá usar despertador para você não dormir no ônibus
Neste ano, o bitcoin registrou valorização de 1.500% e chegou a ser negociado por US$ 18 mil (cerca de R$ 59 mil) após estrear na Chicago Board Options Exchange (CBOE), a bolsa de valores de Chicago. As frequentes altas fazem diversos países considerarem criar suas próprias moedas digitais. A Venezuela, por exemplo, anunciou "El Petro" para tentar conter o colapso da economia do país.
O Federal Reserve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, também considera oferecer um padrão próprio para os investidores, assim como a Rússia está fazendo com o CryptoRuble e o Japão, com a J-Coin. O órgão, no entanto, adiante que a oferta levaria um tempo para se concretizar. Segundo especialistas, os ataques provavelmente continuarão acontecendo nos próximos meses, conforme o preço da criptomoeda permanecer em alta.
Leia também: Atualização permitirá mudar a direção de um emoji antes de enviar a mensagem
Criada em 2009, o bitcoin foi projetado para operar fora do controle de governos ou bancos. Por esse motivo, a criptomoeda tende a ser atrativas para a Coreia do Norte em um momento em que o país é alvo de sanções pela ONU e os Estados Unidos por seu programa nuclear. O regime de Kim Jong-un, por sua vez, nega o envolvimento do governo norte-coreano em ataques hackers internacionais.
* Com informações da Ansa.