Segundo a Bloomberg, ferramenta foi desenvolvida pela Uber em 2015, após ação policial em escritório da empresa
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Segundo a Bloomberg, ferramenta foi desenvolvida pela Uber em 2015, após ação policial em escritório da empresa

As polêmicas envolvendo o aplicativo de transporte Uber parecem estar longe de acabar. Desta vez, a empresa é acusada de ter utilizado um software capaz de bloquear computadores e alterar dados em escritórios da empresa que podem estar sob a investigação da polícia em uma manobra que visa obstruir a Justiça. A denúncia foi feita por meio de uma reportagem publicada na quinta-feira (11) pela Bloomberg .

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O Ripley , como é conhecido o programa, permite que uma equipe de técnicos da Uber  em São Francisco, nos Estados Unidos, tenha acesso aos computadores da empresa em qualquer parte do planeta. O objetivo é esconder informações da polícia ao alterar senhas e proteger dados antes que as autoridades locais localizem o conteúdo armazenado na máquina.

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Ainda de acordo com a reportagem da Bloomberg , os gerentes de escritórios locais e regionais da plataforma teriam sido instruídos até mesmo a ligarem para um número de emergência nos Estados Unidos se estivessem sob investigação. Quando acionada, a equipe de São Francisco passa a "invadir" as máquinas para modificar os dados. A estratégia teria sido utilizada em países como Bélgica, Holanda e França.

A ideia surgiu em 2015, depois de uma ação policial em um escritório da Uber em Bruxelas, capital belga. O caso é considerado questionável, pois toda empresa tem o direito de proteger sesu dados e o acesso às suas informações confidenciais caso os mandatos judiciais estejam incorretos ou ocorra algum abuso durante a investigação. O problema surge se a empresa visa enganar a polícia ou obstruir a Justiça com o método.

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A Uber já enfrentou uma série de polêmicas com a Justiça em vários países. A maioria dos casos está relacionada a operação e taxação do serviço, além de confrontos com taxistas. Na quarta-feira (10), por exemplo, a empresa a nunciou um acordo de US$ 3 milhões para encerrar uma ação coletiva movida por milhares de motoristas de Nova Iorque que questionaram a cobrança de tarifas pelas corridas.

* Com informações da Ansa.

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