Se você pesquisasse “#Oxycontin”, nome de um analgésico opioide no Instagram acharia pelo menos 30 mil postagens relacionadas à hashtag apareceriam nos resultados. Entretanto, desde a última quarta-feira (11), nenhum resultado foi apresentado para quem fez a pesquisa.
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De acordo com o portal internacional Digital Trends , tudo isso aconteceu porque uma mulher chamada Eileen Carey denunciou por anos diversos perfis que estavam vendendo livremente opiáceos pelo Instagram . Agora, a plataforma está 'limpando' as buscas.
Em declaração, a rede social confirmou que as hashtags relacionadas aos medicamentos estão sendo tratadas com mais cuidado. Além disso, o porta-voz da empresa também disse que comprar ou vender medicamentos na plataforma é uma prática proibida. “Temos zero tolerância quando se trata de conteúdo que coloca em risco a segurança de nossa comunidade”, disse.
Embora esse tenha sido o posicionamento oficial da companhia, o Digital Trends fez um teste e constatou que ainda há dezenas de milhares de posts relacionados a medicamentos que podem ser encontrados no app.
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Decisão
Na semana passada, o comissário da Administração de Alimentos e Medicamentos, Scorr Gottlieb, convocou diversas empresas, entre elas o Facebook, para falar sobre as atividades ilegais que acontecem nas plataformas.
Durante o encontro, Gottlieb apontou que as companhias estão relutantes em assumir um papel mais amplo de policiamento, mas que, essas propagandas e respectivas vendas são amplamente ameaçadoras para os usuários de redes sociais.
Vendas no Instagram
O Instagram anunciou em março, o lançamento de um recurso de compras na rede social, que facilita o processo de venda de produtos no Brasil . Com essa atualização, as lojas conseguem macar itens disponíveis aos clientes em suas publicações orgânicas.
Ao todo, mais de 200 milhões de contas visitam um ou mais perfis comerciais diariamente. Este novo recurso do Instagram funciona como uma vitrine para que as pessoas possam explorar e conhecer novos produtos das empresas que elas seguem. A funcionalidade vinha sendo testada desde o ano passado nos Estados Unidos.
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