Atenção, eleitor! Foi aberto o período oficial para divulgação da propaganda eleitoral nessa quinta-feira (16) e, além dos tradicionais anúncios em rádio e TV, acontecerá, de maneira inédita, a divulgação de propaganda paga dos candidatos e partidos pela internet.
De acordo com as exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mensagens que tenham finalidade de divulgar a campanha do candidato devem estar identificadas como tal, seja por meio da criação de selos (como no caso do Facebook) ou pela aplicação de marcas, a fim de deixar claro aos eleitores de que aquilo é uma propaganda eleitoral .
Além disso, nas publicações, devem conter informações do candidato ou partido, como os nomes, CPF ou CNPJ do patrocinador daquela publicação.
Dessa forma, candidatos e partidos políticos não podem impulsionar conteúdos ou pagar resultados de busca sem essas informações presentes na própria publicação. Os que agirem desta maneira estarão sujeitos à fiscalização.
O eleitor que identificar algum tipo de violação pode realizar a denúncia por meio do aplicativo Pardal . Os questionamentos serão analisados pela Justiça Eleitoral e poderão se transformar em sanções. Lembrando que denúncias também podem ser feitas por candidatos e pelo Ministério Público Eleitoral.
Outra exigência do TSE é que concorrentes e legendas não veiculem publicidade em outros canais na internet, como banners em sites. Porém, os partidos têm liberdade para enviar e-mails às pessoas com suas campanhas e para divulgarem mensagens nos próprios sites.
Propaganda eleitoral paga no Facebook
Na última semana, o Facebook abriu um processo de cadastramento para veicular publicidade eleitoral paga. E, assim como as exigências do TSE pedem, os anúncios serão identificados como "propaganda eleitoral” nas linhas do tempo dos usuários.
Sendo assim, as postagens feitas por candidatos vão mostrar seu CPF, bem como a legenda à qual é filiado. Os anúncios de partidos, por sua vez, vão trazer o CNPJ da agremiação.
Você viu?
Além da fiscalização da Justiça Eleitoral , os candidatos também estão sujeitos às regras do Facebook. A plataforma, por exemplo, condena mensagens com discurso de ódio e conteúdos não autênticos.
Outra iniciativa da rede social é a ferramenta “Por que estou vendo este anúncio”, para que o usuário saiba o motivo daquele post estar na sua linha do tempo. O Facebook ainda não se pronunciou sobre quantos candidatos e legendas já se cadastraram.
Em contrapartida ao Facebook, o Twitter anunciou que não veicularia anúncios por não ter como se adequar às exigências do TSE.
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Propaganda eleitoral paga no Google
Já o Google informou à Agência Brasil que irá disponibilizar as plataformas de publicidade a candidatos e partidos seguindo as “regras previstas pelo TSE”, como a identificação nos conteúdos patrocinados para diferenciar dos chamados resultados “orgânicos”.
Assim como no Facebook, o usuário que quiser saber por que está visualizando aquela publicação paga poderá clicar no ícone “I” e, depois na opção “Por que esse anúncio”. O internauta também tem a opção de bloquear os anúncios daquela fonte, se desejar.
Além disso, o Google oferece a opção de denúncia de uma propaganda . Para fazer isso, é preciso clicar no “x” e, depois, no item “Denunciar este anúncio”. Na ferramenta tem a opção de justificar a queixa.
De acordo ainda com a assessoria da empresa, a legislação eleitoral não prevê a fiscalização prévia, entretanto, os candidatos e as legendas estão sujeitos às políticas internas e podem ser alvo de bloqueio da propaganda eleitoral ou da conta.
*Com informações da Agência Brasil