Os aparelhos de streaming, como é o caso do Chromecast, Apple TV e Fire TV Stick, são muito procurados como uma solução para quem quer ter uma Smart TV sem precisar comprar uma televisão nova. Porém, é preciso prestar muita atenção àqueles piratas que prometem acesso gratuito a serviços pagos, como Netflix.
Pesquisadores da Digital Citizen Alliance (DCA) e da Dark Wolfe Consulting, ambas empresas norte-americanas, descobriram que os dispositivos de streaming piratas podem conter vários tipos de malware — códigos maliciosos de vírus — e, inclusive, infectar câmeras e microfones de outros aparelhos que estão conectados à sua rede WiFi.
A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos e considerou seis modelos piratas. Foi observado que esses media centers não possuem o sistema operacional original, mas uma modificação que desbloqueia conteúdos e permite acessar serviços por assinatura sem pagar nada.
De acordo com as informações da Dark Wolfe Consulting, ao menos 40% dos aplicativos pré-instalados são malwares disfarçados, ou seja, o vírus não estão no hardware dos aparelhos, mas nesses serviços "gratuitos" oferecidos neles.
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Como funciona os malwares em aparelhos de streaming?
Quando conectado ao WiFi, o media center pirata consegue roubar dados do usuário . Em um dos caso mencionados na pesquisa, o app obteve 1 TB de dados, incluindo fotos e arquivos pessoais, a partir da rede doméstica. Outro exemplo foi um app que copiou login e senha da rede Wi-Fi e enviou essas informações para um servidor localizado na Indonésia.
Os malwares também podem vasculhar uma rede doméstica em busca de outros aparelhos vulneráveis e infectar computadores e celulares, por exemplo.
Além dos aparelhos de streaming , os modelos piratas do player de mídia Kodi também pode apresentar esses problemas. Segundo os especialistas, a questão pode ir além de aplicativos infectados e há casos em que o próprio hardware continha vírus.