O Brasil é um dos líderes mundiais em número de crimes cibernéticos , de acordo com um levantamento feito pela Konduto , antifraude para e-commerces e pagamentos digitais. Só em 2019, mais de R$5 bilhões em tentativas de fraudes foram evitados pela startup.
Mas da mesma forma que as técnicas de segurança vão progredindo, melhoram também as táticas que os criminosos utilizam para fraudar sistemas de compras online . Conheça algumas maneiras usadas para criar golpes em e-commerces .
Invasão de contas
Um dos golpes que mais cresceu nos últimos anos foi o de invasão de contas. Nele, o criminoso consegue obter os dados de uma pessoa e, então se passa por ela em sites de vendas. A obtenção das credenciais podem ser feitas tanto por vazamentos de dados quanto por campanhas de phishing .
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De acordo com a Konduto, esse é um tipo de crime que deve continuar somando vítimas em 2020. Isso porque o golpe é um dos mais difíceis de ser identificado pelo antifraude, já que o e-commerce é acessado normalmente com as credenciais da vítima, ficando difícil saber se a compra é legítima ou não.
Por isso, todo cuidado é válido na hora de guardar suas senhas e dados pessoais . No caso de vazamentos , é importante realizar a troca de senha e, para não cair em campanhas de phishing , evite passar seus dados em sites que você não tem certeza de que são oficiais.
Driblando a autenticação em duas etapas
Uma tática usada por empresas para aumentar a segurança é a autenticação em duas etapas . Com ela, o usuário precisa de uma segunda maneira além da senha para provar que é ele mesmo, aumentando a segurança - como é o caso de códigos enviados por SMS .
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O grande problema é que os criminosos já estão desenvolvendo e aperfeiçoando formas de driblar essa autenticação em duas etapas. Uma delas é o gerador de cartões , usado para criar milhares de combinações numéricas até que um número de cartão válido seja criado.
Outra prática é conhecida como troca de chip , e dá ao criminoso o controle sobre um número de telefone. Assim, ele tem acesso a mensagens enviadas por SMS , geralmente usadas para verificação de compras. Nesses casos, cabe às empresas de e-commerce e de antifraude sofisticarem seus sistemas de segurança .
Mais páginas, menos segurança
Outra forma bastante comum de se aplicar golpes em e-commerces é através do direcionamentos dos sites para uma página externa . Por isso, uma aposta muito grande para aumentar as seguranças nas vendas é o protocolo 3DS2.0 , que elimina esse tipo de troca.
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Com o novo protocolo, a segurança aumenta e checagens como a autenticação em dois fatores, por exemplo, passam a ser obrigatórios. Os testes para a implementação da tecnologia estão sendo feitos no Brasil e devem continuar ao longo deste ano.