A Samsung e a Motorola suspenderam temporariamente a produção de aparelhos no Brasil devido à epidemia de coronavírus na China . O motivo é a falta de componentes eletrônicos, que são importados do país.
A suspensão aconteceu na fábrica da Samsung , em Campinas, no interior de São Paulo, e na Flextronics , empresa que produz os celulares da Motorola , em Jaguariúna, também no interior paulista.
A Samsung ficou parada por três dias na última semana, quando mais de 2.500 funcionários deixaram de trabalhar. Eliezer da Cunha, membro da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas explicou ao G1: “a Samsung apresentou a proposta da paralisação e foi aceita pelos trabalhadores em assembleia. Hoje, a economia é globalizada e uma situação de epidemia como essa, atinge o mundo todo”.
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Já a Flextronics entrou com um pedido de férias coletivas, que foram protocoladas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna. “Em decorrência da grave crise de saúde que acomete a China em razão do coronavírus , a solicitante esclarece que os produtos utilizados em sua manufatura são importados do referido país [...]. É de suma importância eventual cessação temporária das atividades, a fim de que as autoridades daquele país concluam se existe ou não a possibilidade de transmissão do vírus por meio de importações [...]", informa o documento enviado pela empresa ao sindicato.
De acordo com informações do G1, 80% dos trabalhadores da fábrica entrarão de férias hoje (17). A produção deve permanecer parada até o próximo dia 26.
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Brasil importa da China
As produções da Motorola e da Samsung não devem ser as únicas afetadas pela epidemia de coronavírus . De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a China é o principal país do qual o Brasil importa componentes eletrônicos, e 52% do setor brasileiro teve problemas relacionados ao recebimento de materiais chineses.
"Essa situação foi observada principalmente entre as fabricantes de produtos de Tecnologia da Informação (celulares, computadores, entre outros). O atual desabastecimento de componentes e insumos é consequência da paralisação de fábricas chinesas decorrente da epidemia de coronavírus ", disse a associação ao G1.