Veja como proteger a segurança em conversas íntimas na internet
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Veja como proteger a segurança em conversas íntimas na internet


Com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), o Dia dos Namorados promete ser diferente para muitos casais. Os encontros virtuais se tornaram uma tendência, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo aplicativo de relacionamentos happn. Mais da metade dos usuários do app (53%) planeja algum tipo de comemoração online. 

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Desses, 52% quer ter um encontro romântico, enquanto 22% planeja conversas mais sensuais. 28% dos entrevistados disse que vai fazer alguma atividade à distância junto com o crush , como assistir a um filme ou série, ouvir músicas e preparar uma receita. 

Para Marine Ravinet, head de tendências do happn, os encontros virtuais devem continuar mesmo após o fim da quarentena, pois o hábito já foi criado entre os internautas. "O uso dos aplicativos de relacionamento evoluiu nos últimos meses e, devido ao período de isolamento, as pessoas estão aprendendo a conhecer mais profundamente a sua paquera antes do encontro presencial. Isso é uma tendência que deve continuar”, opina. 

A verdade é que não é de hoje que a internet é uma ferramenta para manter relacionamentos. De acordo com um estudo feito pela empresa de cibersegurança Kaspersky, 34% dos brasileiros já enviou fotos íntimas a parceiros, enquanto 28% já tirou foto ou se gravou em uma situação íntima. 

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Os riscos de namorar online

De acordo com a Kaspersky, esse tipo de conteúdo, quando compartilhado online, pode representar riscos de segurança . Por isso, é sempre importante estar de olho em medidas para manter a privacidade nos encontros virtuais. “Essa preocupação deve existir em qualquer situação e não apenas quando o smartphone ou tablet é roubado, perdido ou hackeado, já que um acesso sem permissão do proprietário - mesmo que por brincadeira - pode terminar na exposição daquelas fotos íntimas”, alerta Fabio Assolini, analista de segurança sênior da Kaspersky no Brasil.

Nudes protegidos

A primeira dica que o especialista dá é a de proteger os locais nos quais as fotos e vídeos são armazenados. Se o conteúdo for salvo na nuvem, por exemplo, é importante protegê-los com uma senha forte . Os aplicativos nos quais o conteúdo íntimo é compartilhado, como o WhatsApp , também deve ser protegido por senha, além de ter a autenticação em dois fatores ativada. 

Outra dica é proteger o celular no qual as fotos e vídeos estão armazenados. Nesse caso, é interessante instalar programas antirroubo , que permitem que o usuário acesse o conteúdo do smartphone mesmo se ele for perdido ou roubado. Vale ressaltar que as medidas de segurança devem ser tomadas tanto por quem enviar as fotos íntimas como por quem as recebe. 

"O fator determinante para evitar ter dados ou fotos vazadas é entender que qualquer informação ou arquivo que esteja na internet tem a possibilidade de ser acessado por estranhos se medidas de segurança adicionais não forem tomadas”, explica Fabio.

Cuidado com as videochamadas

Para quem pretende comemorar o dia dos namorados em chamadas de vídeo , a dica é escolher bem o aplicativo escolhido. Atualmente, muitos aplicativos falsos foram criados para disseminar códigos maliciosos para invadir celulares. É importante utilizar apenas aplicativos baixados nas lojas oficiais, como A pp Store e Google Play Store .

"Além disso, configure a senha de acesso e a ‘sala de espera’, assim quem criou poderá garantir que não haverá intrusos na chamada. Também utilize sempre a versão mais atualizada do app, pois as empresas vão corrigindo os erros identificados ao longo do tempo e as versões mais recentes apresentam menor vulnerabilidade", aconselha Fabio.

Conheceu no aplicativo? Desconfie

Outra dica de segurança dada por Fabio é só compartilhar imagens íntimas ou realizar videochamadas mais sensuais com pessoas com as quais você tem confiança. Ele explica que muitos criminosos se passam por outras pessoas em aplicativos de relacionamento para aplicar golpes nas vítimas. 

De acordo com o especialista, um golpe comum em novos relacionamentos é a extorsão. Depois de longos períodos de paquera virtual, o criminoso pede para que a vítima entre com ele em uma videochamada . A câmera do suposto crush geralmente está quebrada, mas ele, ainda assim, pede que a vítima tire a roupa ou realize outras ações íntimas. “É aí que o golpista revela sua identidade. Ele alega que irá tornar a gravação pública a menos que a pessoa o pague. Uma vez que a vítima obedece, o ciclo-vicioso começa, com novas demandas até que a vítima recuse”, explica Fabio.

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