Mulheres foram presas por publicações no TikTok
Unsplash/Kon Karampelas
Mulheres foram presas por publicações no TikTok


Cinco influenciadoras digitais foram condenadas a dois anos de prisão no Egito nesta segunda-feira (27) depois de publicarem vídeos no TikTok . As mulheres foram culpadas por promover a imoralidade e o tráfico de pessoas ao incentivar outras mulheres a ganhar dinheiro conseguindo seguidores nas redes sociais . De acordo com o jornal O Globo, elas ainda foram multadas em 300 mil libras egípcias (cerca de R$97 mil em conversão direta).


A estudante de 20 anos Haneen Hossam foi acusada de incentivar mulheres jovens a conhecer homens por aplicativos de vídeo, recebendo uma taxa relacionada ao número de seguidores que assistissem.

Já a influenciadora Mawada al-Adham, que acumula milhões de seguidores no TikTok e no Instagram , foi acusada de publicar fotos e vídeos indecentes. As outras três mulheres teriam sido presas por ajudar as duas a gerenciarem suas contas online, de acordo com informações do O Globo. Segundo o advogado de uma das acusadas, elas apelarão do veredicto.

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Não é a primeira vez

Esta não é a primeira vez que mulheres são acusadas devido ao uso de redes sociais no Egito. Várias delas já foram acusadas de "incitar deboche" na internet ao desafiar as normas mais conservadoras do país.

A própria Haneen Hossam já havia sido presa em abril por publicar um vídeo que foi considerado pelo Ministério Público como "indecente". No Instagram , ela explicou como mulheres poderiam ganhar dinheiro transmitindo vídeos online, o que foi interpretado pelas autoridades como incentivo à venda de sexo online por mulheres jovens.

Em junho, ela foi liberada sob fiança, mas a prisão desta semana se refere a "novas provas" encontradas pela Promotoria, informa O Globo. 

Ativistas de direitos humanos lançaram campanhas este mês pedindo que as mulheres sejam soltas. Quem adere ao movimento acredita que as prisões são uma "violação da liberdade de opinião e expressão". Ainda segundo O Globo, Nehad Abu El Komsan, chefe do Centro Egípcio dos Direitos da Mulher disse que é preciso "diferenciar entre liberdade de expressão e usar menores para gerar dinheiro".

Diante das polêmicas, alguns parlamentares egípcios já pedem que o governo suspenda o aplicativo TikTok do país, alegando que ele promove a nudez e a imoralidade.

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