Google cresce em buscas na Europa mesmo após ação antitruste
Victor Hugo Silva
Google cresce em buscas na Europa mesmo após ação antitruste


Lobistas do Facebook e do Google estão investindo contra a nova legislação dos EUA que visa ajudar os editores de notícias em dificuldades, permitindo-lhes negociar coletivamente com as empresas de tecnologia sobre compartilhamento de receita e outros negócios.

Os legisladores dos EUA apresentaram o plano ao Congresso na quarta-feira para resolver um desequilíbrio de poder percebido entre os meios de comunicação e os gigantes da tecnologia.

Eles acusam as empresas de usar conteúdo para direcionar tráfego e receita de anúncios para suas plataformas sem compensar de forma justa os editores.

A medida aumenta a pressão sobre as empresas de tecnologia, que enfrentam processos antitruste e a ameaça de mais regulamentação. Ao todo, o governo federal e os dos estados entraram com cinco ações judiciais contra o Facebook e o Google no ano passado, após a indignação sobre o mau uso da influência das mídias sociais na economia e na esfera política.


Novo site do google


O Google, que não quis comentar a proposta, lançou um site na quinta-feira afirmando que é "um dos maiores apoiadores financeiros do jornalismo" em virtude da receita de anúncios e taxas de licenciamento de conteúdo que fornece à mídia.

O Google disse que seu mecanismo de busca envia leitores para sites de editoras 24 bilhões de vezes por mês.

Também se opõem ao projeto de lei dois grupos comerciais da indústria de tecnologia aos quais o Facebook e o Google pertencem, a Computer & Communications Industry Association (CCIA) e a NetChoice.

“A cobertura objetiva de notícias é um bem público, mas não achamos que a maneira de financiar esse bem público é construindo um cartel” disse o presidente da CCIA, Matt Schruers.

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O grupo se opôs a uma versão de 2019 da legislação e vê a proposta de negociação conjunta como uma forma de restringir a concorrência.

Carl Szabo, da NetChoice, disse que seu objetivo é eliminar o projeto ou pelo menos convencer os legisladores a alterá-lo para que fique restrito a publicações menores, excluindo veículos como o Washington Post ou o New York Times.

“ Não acho que eles deveriam fazer essa legislação, ponto final” disse ele. ”Essa lei permite que o Washington Post, o New York Times e outros grandes jornais tomem as decisões pelos veículos menores”.

Alguns observadores do setor dizem que a proposta poderia beneficiar desproporcionalmente empresas de private equity e fundos de hedge que arrebataram cadeias de jornais de médio e grande porte. Jornais como o Chicago Tribune e o Miami Herald são controlados por empresas como Alden Global Capital e Chatham Asset Management.

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