Todas as medalhas
dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio
foram feitas com metais reaproveitados de lixo eletrônico
. Mais de 6 milhões de celulares e mais de 78 toneladas de computadores, tablets, monitores e outros dispositivos foram usados na fabricação das 5 mil medalhas das Olimpíadas.
Dispositivos eletrônicos, como smartphones e PCs , possuem pequenas quantidades de metais como ouro, prata e bronze, em suas placas-mães. Os metais são usados, por exemplo, para conectar outros itens. Para serem usados nas medalhas, os gadgets foram desmontados no Japão.
A quantidade de ouro
, prata
e bronze
nos aparelhos eletrônicos
é muito pequena e, por isso, foi necessário desmanchar tantos dispositivos. "É uma quantidade muito pequena de ouro e de cobre [nos aparelhos]. Esse volume vem diminuindo gradativamente com o avanço da tecnologia porque os metais são recursos não renováveis. Então, as empresas vêm desenvolvendo tecnologia para fazer as conexões com a quantidade cada vez menor deles", explica Tereza Cristina Carvalho, membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e pesquisadora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) ao G1.
Os aparelhos transformados em medalhas foram coletados entre abril de 2017 e março de 2019 em mais de 18 mil locais espalhados pelo Japão, sobretudo nas lojas da NTT DoCoMo, a principal operadora de telefonia móvel local. Ao todo, foram extraídos dos aparelhos:
- 32 quilos de ouro;
- 3.500 quilos de prata;
- 2.200 quilos de bronze.
Cada medalha dos Jogos Olímpicos pesa em torno de meio quilo. Confira a composição de cada uma:
- Ouro: 550 gramas de prata e cobertura de 6 gramas de ouro;
- Prata: 550 gramas de prata;
- Bronze: 450 gramas de bronze vermelho.