Organizada na Rússia desde novembro de 2020, rede tinha objetivo de espalhar notícias falsas sobre os imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer
Divulgação/Pfizer
Organizada na Rússia desde novembro de 2020, rede tinha objetivo de espalhar notícias falsas sobre os imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer

O Facebook derrubou uma rede internacional de desinformação sobre vacinas que atuava de forma organizada na Rússia desde novembro de 2020, com o objetivo de espalhar notícias falsas sobre os imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer.

A propagação de postagens suspeitas eram em regiões específicas do mundo, entre elas o Brasil. As informações foram reveladas nesta terça-feira (10), no Relatório de Comportamento Inautêntico Coordenado, documento publicado mensalmente pela empresa.

Ao todo, foram removidas 65 contas do Facebook e 243 contas do Instagram, todas ligadas à empresa de marketing Fazze, com registro no Reino Unido e operações na Rússia. De acordo com o relatório da empresa de tecnologia, o alvo eram usuários da Índia, do Brasil, de outros países da América Latina e, em menor grau, dos Estados Unidos.

A Fazze foi banida das redes sociais do grupo por violar a política contra interferência estrangeira da plataforma, ou seja, quando um país tenta manipular o debate público de outra região. Com isso, o Facebook poderia se enquadrar como “comportamento inautêntico coordenado”, que são “esforços coordenados para manipular o debate público para um fim estratégico, onde contas falsas são centrais para a operação”.

A campanha de desinformação começou em fóruns populares da internet (Reddit e Medium, por exemplo) e passando para a criação de contas falsas no Facebook e Instagram, sendo que o conteúdo enganoso seria repercutido nas redes sociais para usuários desavisados.

Em outro momento, pessoas influentes nas redes sociais eram utilizados para amplificar as mentiras, ajudados pela Fazze, oferecendo acesso a essas personalidades com muitos seguidores.

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“As operações cada vez mais buscam usar vozes influentes autênticas para transmitir suas mensagens. Por meio delas, as campanhas enganosas ganham acesso ao público-alvo do influenciador, mas isso vem com um risco significativo de exposição”, disse o Facebook em relatório.

De novembro a dezembro de 2020, as vacinas da AstraZeneca eram alvo de notícias falsas, que diziam que o imunizante transformaria as pessoas em chimpanzés e aind trazendo imagens do filme Planeta dos Macacos para supostamente exemplificar o efeito das doses.

Após cinco meses, foi a vez da Pfizer, que viralizou por supostamente ter a maior taxa de mortalidade do que outras vacinas. Ademais, as hashtags publicadas nas plataformas estavam em hindi, inglês, espanhol e português.

Além disso, cerca de 24 mil contas seguiram um ou mais perfis de desinformação no Instagram. Tanto que para o Facebook, isso se tratou de uma operação de notícias falsas de baixo alcance, pois não obteve sucesso, já que gerou pouco engajamento.

Fonte: Exame

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