A Xiaomi afirmou nesta segunda-feira (27) que contratou um especialista independente para avaliar seus sistemas. O anúncio veio após o governo da Lituânia divulgar um relatório
acusando a empresa chinesa de usar um recurso de censura em seus smartphones.
"Contestamos a caracterização de certas conclusões [presentes no relatório], mas estamos contratando um especialista independente para avaliar os pontos levantados", disse um porta-voz da Xiaomi à Reuters.
Em seu relatório, o Centro Nacional de Cibersegurança da Lituânia, publicado na última terça-feira (21), afirma que os celulares da Xiaomi possuem um software que pode identificar e censurar alguns termos, como "Tibete Livre", "Viva a independência de Taiwan" ou "movimento pela democracia". Ao todo, cerca de 450 termos foram encontrados.
O recurso está desativado na versão global dos celulares da Xiaomi, estando presentes apenas nas versões chinesas. De acordo com o relatório, porém, a ferramenta poderia ser "ativada a qualquer momento".
A Xiaomi não especificou qual organização independente fará a inspeção em seus sistemas. À Reuters, a companhia chinesa afirmou que essa instituição tem sede na Europa.