Início das vendas do iPhone 13 em Pequim
Divulgação/Apple
Início das vendas do iPhone 13 em Pequim

A Apple deve reduzir a produção de iPhone 13 em 2021, estimada em 10 milhões de unidades, devido à  escassez prolongada de chips, segundo pessoas ouvidas pela Bloomberg. A big tech esperava produzir 90 milhões de smartphones no último trimestre do ano.

Segundo informações dadas a sócios fabricantes, a quantidade será menor devido a problemas na entrega suficiente de componentes pelos fornecedores Broadcom Inc. e Texas Instruments Inc., entre outras distribuidoras.

A Apple é uma das maiores compradoras de chips do mundo e costuma dar o tom anual da cadeia de suprimentos de produtos eletrônicos.

Entretanto, apesar do forte poder aquisitivo, a big tech lida atualmente com as mesmas interrupções que já causaram estragos em diversos setores industriais pelo mundo. Os principais fabricantes de chips alertaram que a demanda vai seguir superando a oferta durante o próximo ano, e pode chegar até a 2023.

Procuradas pela Bloomberg, a Apple e a Texas Instruments Inc. preferiram não comentar. A Broadcom não respondeu à demanda do veículo até o fechamento da reportagem.

Falta generalizada de semicondutores

A escassez de semicondutores já afetou a capacidade de envio de novos modelos da Apple aos clientes. O iPhone 13 Pro e o iPhone 13 Pro Max entraram no mercado em setembro, mas os  pedidos não serão entregues por mais um mês.

Atualmente, os pedidos estão programados para serem entregues em meados de novembro, o que daria à big tech a possibilidade de entregar os novos iPhones a tempo para a temporada de Natal.

A expectativa é que o quarto trimestre de 2021 seja o melhor em vendas para a Apple até o momento, com receita esperada em US$ 120 bilhões. Isso representa crescimento de 7% em relação a 2020, e mais dinheiro que a empresa ganhou no ano por mais de uma década.

Além da dificuldade de fabricação do carro-chefe da empresa, o iPhone, a Apple também enfrenta problemas para trazer o  Apple Watch Series 7 e outros produtos da marca às prateleiras devido à escassez de semicondutores.

Reação em cadeia

A distribuidora Broadcom, por não contar com fábricas próprias, depende de fabricação de empresas terceiras, como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC). A Texas Instruments, apesar de produzir alguns chips, também depende de fabricação externa.

A Apple é uma cliente da TSMC, o maior da companhia chinesa. A big tech depende da empresa ainda para produzir processadores da série A, que estão sob ameaça de escassez no momento.

Outros fatores que pressionam a crise de distribuição de semicondutores são a crise energética prolongada na China, que se torna mais uma dor de cabeça para a Apple.

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