A Justiça brasileira determinou que o Google deveria fornecer dados de usuários que fizeram comentários racistas, homofóbicos e de intolerância religiosa em um vídeo publicitário da empresa de alimentos saudáveis Liv Up no YouTube. A decisão, proferida pela 37ª Vara Cível de São Paulo, já foi cumprida.
A campanha é estrelada pelo humorista e digital influencer, "Esse Menino", e pelo jogador da seleção masculina de vôlei, Douglas Souza, ambos LGBTQIA+. Os dois aparecem no vídeo usando maquiagem, unhas pintadas e acessórios. Além deles, fazem parte da publicidade, as também influencers Irina Cordeiro, que é uma mulher branca, e Tia Má, mulher negra.
O vídeo chama a atenção para alimentos "artificiais" e questiona os consumidores: "A vida é feita de escolhas. Que tal deixar a comida artificial para a loja de decoração?".
Alguns usuários reagiram negativamente à publicação e usaram o espaço para fazer comentários preconceituosos. "Colocar um cara de batom e xuxinha? Isso ja passou dos limites. Agora é que eu não compro", disse uma mulher. "Essas empresas modinha querem empurrar uma minoria goela abaixo como se fosse uma coisa normal", afirmou um homem.
Em resposta, a Liv Up resolveu entrar com uma ação para conseguir identificar essas pessoas e responsabilizá-las pela atitude. A juiza responsável pelo caso, então, determinou que o Google deveria fornecer os dados socilitados sob pena de multa diária de R$ 5 mil. A dona do YouTube chegou a recorrer da decisão, mas o recurso não foi aceito.