A invasão de hackers ao ConecteSUS, Painel Coronavírus e DataSUS — que monitoram a evolução da pandemia e da vacinação no país — acendeu um sinal de alerta quando o assunto é a cibersegurança do governo federal. Para evitar que novos ataques aconteçam, principalmente em época na qual servidores estão em home office por conta da pandemia, é preciso se proteger.
Segundo a Axur, empresa especializada em segurança digital, o vazamento de uma senha pode ocorrer por diversos fatores, como a presença do servidor em uma página falsa, phishing, falha sistêmica que permite acesso às senhas ou o servidor público que utilizou o e-mail corporativo para realizar o cadastro em um site terceiro, como um site de compras, por exemplo. Se esse site sofre um vazamento, essa senha acaba sendo comprometida também.
Ainda de acordo com a empresa, há diversas formas de se precaver quando o assunto é evitar que hackers descubram sua senha e invadam os sistemas da empresa na qual você trabalha. Entre as opções estão segundo fator de autenticação, atenção às páginas falsas que possam aparecer ou e-mails pedindo recadastramento de senha, use senhas diferentes para cada sistema e troque-as periodicamente. Acima de tudo, indica a instituição, precisa ter um monitoramento em cima desses vazamentos e desses ataques.
Relatório da Axur sobre vazamentos pelo mundo mostra que, somente no segundo semestre deste ano, houve um aumento considerável na exposição de credenciais do governo: foram 160.478, acumulando um crescimento de 236,75% em relação ao trimestre anterior. Já no terceiro trimestre, foi registrada uma queda de 95,97% em relação ao segundo trimestre, com somente 6.476 credenciais governamentais expostas.
E quando o assunto é cartão de crédito, os dados também são alarmantes: 1.354.822 cartões foram expostos no mundo no período, sendo 299 mil somente no Brasil. Deste total, 96,6% estava dentro da data de validade e 77,6%, ou seja, pouco mais de 1 milhão deles estavam na Deep e Dark Web.