Telegram
Paula Alves
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Após cogitar banir o Telegram do Brasil, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, recuou e disse que "não gosta da ideia", mas manteve críticas à plataforma. 

"Não gosto da ideia de banir uma plataforma, mas também não gosto da ideia de haver venda de armas em uma plataforma, por exemplo", afirmou Barroso em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. 

Após seguidas tentativas de entrar em contato com representantes do Telegram, o TSE cogitou banir o mensageiro para combater fake news nas Eleições 2022.

O aplicativo russo não limita o encaminhamento de mensagens, como o WhatsApp adotou, por exemplo. No Telegram, o número de pessoas presentes em grupos pode chegar a 200 mil, ao contrário do que acontece no concorrente, que restringe essa quantidade.

"Qualquer ator relevante na comunicação social tem que estar sujeito à Justiça brasileira", afirmou o presidente do TSE. "O grande fator de desestabilização democrática no mundo tem sido o uso abusivo das redes sociais", completou Barroso. 

A flexibilidade maior do Telegram tornou o aplicativo preferido de bolsonaristas para contato com suas bases. O presidente Jair Bolsonaro classificou a tentativa de expulsar o programa do país como "covardia". 

Com sede em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Telegram vem ignorando constantemente tentativas de contato do TSE. "O Tribunal entrou em contato com a plataforma, por algumas vezes, e após não ser bem sucedido nas tentativas informais, encaminhou um ofício com o objetivo de formalizar uma cooperação que vise combater à desinformação", disse a assessoria de imprensa do TSE, em nota enviada à reportagem do iG . A formalização aconteceu no dia 16 de dezembro do ano passado.



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