O Procon-SP anunciou nesta quinta-feira (26) que notificou o Google para que a empresa esclareça se o sistema operacional Android oferece serviço de bloqueio em casos de furtos e roubos.
"Queremos saber quais mecanismos a Google tem adotado para evitar o funcionamento do sistema operacional de celulares que tiverem seu IMEI vinculado a algum crime. Iniciamos uma conversa com representantes do Google sobre esse problema, no entanto a empresa deixou de comparecer a uma segunda reunião. Deste modo, encaminhamos a notificação para obter mais explicações", afirma Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP.
O Google tem até sexta-feira (27) para esclarecer os seguintes pontos:
- se oferece serviço de bloqueio do sistema Android vinculado a um aparelho celular com IMEI identificado como produto de crime caso seja informada pela autoridade policial;
- se continua a oferecer serviço, suporte ou atualização ao sistema operacional vinculado a aparelhos celulares com IMEI identificado como produto de crime pela autoridade policial;
- detalhar as iniciativas que adota para impedir o funcionamento do sistema Android nesses casos.
"O Procon-SP está preocupado com os furtos e roubos de celulares em que os criminosos acessam os dados das vítimas e realizam transações por meio de aplicativos bancários, como empréstimos e transferências. Os prejuízos são expressivos e os consumidores têm procurado nosso atendimento. Além das instituições financeiras, setor com o qual temos discutido o problema, entendemos ser fundamental conversar com as empresas que desenvolvem os sistemas operacionais, principalmente, o sistema Android, que representa hoje mais de 90% dos sistemas operacionais instalados nos smartphones do Brasil", justifica Farid.
A reportagem entrou em contato com o Google, mas a empresa disse que não vai comentar o assunto neste momento.