O foguete da Blue Origin decolou às 10h26 deste sábado (4) e retornou à Terra às 10h36 tendo o engenheiro brasileiro Victor Hespanha como um dos tripulantes. Esta é a segunda vez que um brasileiro vai ao espaço e apenas a primeira em que a viagem tem finalidade turística.
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A nave New Shepard já foi ao espaço outras seis vezes. A empresa é propriedade do bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon.
A viagem estava prevista para maio, mas foi adiada em um mês após a empresa informar que “um dos sistemas de backup do New Shepard não estava atendendo às nossas expectativas de desempenho”.
O brasileiro, que tem 28 anos, foi um dos seis escolhidos para participar da missão espacial NS-21, da Blue Origin, empresa de turismo espacial do bilionário Jeff Bezos. Nascido em Minas, o engenheiro foi escolhido após adquirir um NFT (token não fungível) pela Crypto Space Agency (CSA) e será apenas o segundo brasileiro a ir até a Estação Espacial Internacional (ISS) — o primeiro foi o ex-ministro Marcos Pontes, em 2006.
A viagem da Blue Origin também teve como passageiros Hamish Harding, presidente da empresa de jatos executivos Action Aviation; Jaison Robinson, fundador da empresa imobiliária JJM Investments; e Victor Vescovo, cofundador da empresa de investimentos Insight Equity.
Cada astronauta poderia levar um objeto para o espaço, Hespenha carrega consigo uma bandeira do Brasil. Veja a entrevista exclusiva com o brasileiro.
O foguete
O voo será feito no veículo suborbital New Shepard. Trata-se de um combo foguete-cápsula reutilizável, projetado para levar pessoas e experimentos científicos para o espaço, segundo o portal especializado “Space”.
Cada um dos astronautas a bordo do NS-21 levará ao espaço um cartão postal, em nome da fundação ligada à Blue Origin, “Club for the Future”, que tem um programa voltado a fornecer a alunos passeios no espaço, em foguetes da companhia. Segundo a empresa, a missão do clube é “inspirar as gerações futuras a seguir carreiras nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática para o benefício da Terra”.
Durante o período em que estiveram em órbita, os “passageiros” deixaram os seus lugares e flutuaram durante alguns instantes, para aproveitar a “gravidade zero”.
Brasileiro na tripulação
Nascido em Minas, o engenheiro foi escolhido após adquirir um NFT (token não fungível) pela Crypto Space Agency (CSA) e será apenas o segundo brasileiro a ir até a Estação Espacial Internacional (ISS) — o primeiro foi o ex-ministro Marcos Pontes, em 2006.
Responsável por pagar a passagem do brasileiro, a CSA é uma empresa que afirma ter a missão de unir a tecnologia da indústria espacial com o mercado de criptomoedas. Em 25 de abril, ela realizou uma promoção, colocando 5.555 NFTs à disposição do público e informando que um dos sorteados teria a chance de viajar ao espaço.
No dia 30, a empresa realizou o sorteio, selecionando o brasileiro, que relatou ter comprado o item para “diversificar seus investimentos”.
"Eu comprei pensando no potencial de valorização. Nunca imaginei que o meu seria sorteado. A CSA está realizando meu sonho de infância por meio de um NFT", disse Hespanha.
Trechos da decolagem
*Com informações de Agência O GLOBO