O bilionário Elon Musk disse nesta sexta-feira (24), em e-mail enviado aos funcionários do Twitter
, que a rede social agora é avaliada em US$ 20 bilhões, menos da metade dos US$ 44 bilhões que ele pagou pela companhia em outubro do ano passado. A informação foi obtida pelo jornal The New York Times.
O comunicado ocorreu em meio ao anúncio de um novo programa de remuneração em ações aos funcionários. Nele, Musk alertou os trabalhadores de que o Twitter está em situação financeira precária e que estava a quatro meses de ficar sem dinheiro.
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No mesmo texto, o bilionário afirma que a empresa passará por "mudanças radicais", incluindo demissões em massa e corte de custos, para evitar a falência e agilizar as operações.
“O Twitter está sendo reformulado rapidamente”, escreveu Musk, acrescentando que a empresa pode ser considerada “uma start-up inversa”.
De acordo com o e-mail de Musk sobre o novo programa de compensação de ações, os funcionários do Twitter receberão ações da X Corporation, a holding que ele usou para comprar a empresa. Esses prêmios serão concedidos sob a avaliação de US$ 20 bilhões. Musk também disse no e-mail que acreditava que o Twitter poderia algum dia valer US$ 250 bilhões.
O Twitter planeja permitir que os funcionários vendam as ações a cada seis meses, acrescentou Musk, semelhante à prática da SpaceX, sua fabricante privada de foguetes. A venda de ações privadas permitiria que os funcionários tivessem “ações líquidas, mas sem o caos do preço das ações e os encargos judiciais de uma empresa pública”, escreveu Musk.
Desde que assumiu o controle da empresa, Musk tornou os balanços da empresa restritos, mas garante que a rede social vem perderdo receitas drasticamente, já que anunciantes desistiram de colocar suas marcas no Twitter em meio a polêmicas do bilionário.
Com o novo valor, o Twitter passa a custar pouco mais que o Snapchat, avaliado em 18 bilhões de dólares, que tem cerca de 375 milhões de usuários ativos diários, em comparação com os 237,8 milhões do Twitter na divulgação pública final da empresa antes de fechar o capital.
À reportagem do jornal norte-americano, o bilionário respondeu com um emoji de cocô, como se tornou característico aos pedidos de informação da mídia.