Microsoft é investigada por conta do Teams
Unsplash/Dimitri Karastelev
Microsoft é investigada por conta do Teams

A Comissão Europeia abriu nesta quinta-feira (27) uma investigação contra a Microsoft a respeito de possíveis práticas anticompetitivas envolvendo o aplicativo Teams.

De acordo com a comissão, a empresa será investigada por ter incluído o Teams em seu pacote de aplicativos corporativos baseados em nuvem Microsoft 365.

Essa inclusão gerou uma preocupação de que a empresa possa estar abusando de sua posição no mercado de software de produtividade. Ao incluir o Teams no pacote, a Microsoft poderia estar restringindo a concorrência. A investigação foi aberta após uma denúncia do concorrente Slack.

Segundo a comissão, há dois grandes fatos que devem ser investigados:

  • a Microsoft não permite que os clientes escolham se querem, ou não, incluir o acesso ao Teams quando criam um cadastro no Microsoft 365, ou seja, o aplicativo de videoconferências vem incluído no pacote por padrão;
  • a Microsoft pode ter limitado a interoperabilidade entre seus aplicativos de produtividade e outros aplicativos de videoconferência concorrentes.

"As ferramentas remotas de comunicação e colaboração, como o Teams, tornaram-se indispensáveis ​​para muitas empresas na Europa. Devemos, portanto, garantir que os mercados para esses produtos permaneçam competitivos e as empresas sejam livres para escolher os produtos que melhor atendam às suas necessidades. É por isso que estamos investigando se a vinculação de seus pacotes de produtividade com o Teams pela Microsoft pode estar violando as regras de concorrência da União Europeia", afirma Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela política de concorrência.

A investigação ainda não tem prazo para ser concluída, já que depende da complexidade do caso e da colaboração das empresas envolvidas. Se a comissão entender que a Microsoft violou as regras do bloco, a empresa pode ser condenada por venda casada ou agrupamento anticoncorrencial.

Procurada pela reportagem, a Microsoft afirmou, em nota, que "respeita o trabalho da Comissão Europeia neste caso e leva suas próprias responsabilidades muito a sério". "Continuaremos a cooperar com a Comissão e continuaremos comprometidos em encontrar soluções que enderecem suas preocupações", completou a empresa.

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