Elon Musk comprou o Twitter em outubro do ano passado e deu um novo nome à rede social: X
Reprodução/Instagram - 05.10.2022
Elon Musk comprou o Twitter em outubro do ano passado e deu um novo nome à rede social: X

Walter Isaacson, autor da biografia Elon Musk , publicada no Brasil pela editora Intrínseca , descreve em seu livro uma passagem em que o empresário, que atualmente comanda a rede social X — o antigo Twitter —, decidiu desconectar o servidor da rede social com as próprias mãos.

O episódio ocorreu no final de 2022, pouco antes do Natal. Musk queria mover os servidores para economizar nos gastos de manutenção — que envolviam custos de instalação que chegavam a US$ 100 milhões por ano.

Sem o apoio dos funcionários da plataforma e insatisfeito com o prazo oferecido pelos engenheiros da empresa para mover os servidores entre as cidades de Sacramento e Portland, nos Estados Unidos, Musk disse a eles que ‘ou fariam a mudança dos servidores em até 90 dias, ou seriam demitidos’.

Impaciente, o empresário decidiu agir por conta própria e acabou desconectando o servidor da rede social com o canivete de seu segurança.

"Musk virou-se para seu segurança e perguntou se ele poderia pegar emprestado seu canivete. Com isso, ele conseguiu levantar uma das aberturas de ventilação do piso, permitindo-lhe forçar a abertura dos painéis. Ele mesmo rastejou para baixo do chão do servidor, usou a faca para abrir um painel elétrico, desconectou o servidor e esperou para ver o que aconteceria. Nada explodiu. O servidor estava pronto para transferência. A essa altura, Musk estava totalmente animado", escreve Isaacson em trecho da obra.

Desde o ocorrido, diversos problemas de estabilidade surgiram na plataforma, o que fez com que Musk eventualmente admitisse ao autor que falhou nessa decisão.

Isaacson narra que já havia presenciado atitudes semelhantes por parte do empresário.

“Eu já tinha visto Musk entrar naquele estado de espírito demoníaco antes, então pude sentir o que isso pressagiava. Como acontece frequentemente – pelo menos duas ou três vezes por ano – a compulsão de dar ordem para um motim estava a crescer dentro dele, uma erupção de atividade contínua 24 horas por dia”, relata o autor.


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