O comissário europeu de Mercado Interno, Thierry Breton, afirmou nesta quinta-feira (26) que a União Europeia iniciou investigações contra três plataformas digitais a respeito de desinformação sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Em entrevista à rádio France Inter, ele confirmou que uma das plataformas é o X, antigo Twitter. "O juiz pode banir essas plataformas temporariamente [da União Europeia] se as coisas não correrem bem", disse ele.
Há duas semanas, a União Europeia já tinha pedido para o X explicar a circulação de desinformação e discurso de ódio sobre a guerra na rede social.
O bloco tem se debruçado cada vez mais sobre o comportamento de empresas de tecnologia, e o Twitter, liderado por Elon Musk, é a única das grandes redes sociais que se recusou a participar de um grupo da Comissão Europeia que busca diminuir a desinformação.
No final de setembro, a vice-presidente de valores e transparência da Comissão Europeia, Věra Jourová, afirmou que o Twitter é a "plataforma com a maior proporção de postagens falsas e desinformação".
A afirmação foi feita depois do órgão receber relatórios de todas as grandes plataformas digitais sobre medidas para o combate à desinformação, menos do Twitter. Os relatórios fazem parte das iniciativas do Código de Conduta da Desinformação, que conta com 44 signatários, incluindo Facebook, Google, YouTube, TikTok e LinkedIn.