O governo indiano solicitou ao WhatsApp a reversão de sua nova política de privacidade recentemente. O mensageiro, no entanto, recusou o pedido das autoridades do país asiático. Em reação, os responsáveis pelo serviço alegaram que a atualização das regras não altera a privacidade das mensagens pessoais dos usuários.
Este é mais um episódio da polêmica envolvendo as novas regras do app, reveladas em janeiro. A negativa do WhatsApp foi dada a uma solicitação das autoridades da Índia feita na semana passada. Na ocasião, o governo deu um prazo de sete dias para o mensageiro reverter as alterações dos termos que entraram em vigor no último dia 15.
Em nota, o WhatsApp disse que a atualização não altera a privacidade das mensagens pessoais. "Seu objetivo é fornecer informações adicionais sobre como as pessoas podem interagir com as empresas se assim o desejarem", afirmaram ao Live Mint . "Não limitaremos a funcionalidade do WhatsApp nas próximas semanas".
A companhia ainda destacou que continuará a lembrar sobre a atualização, bem como quando as pessoas entrarem em contato com uma empresa que está recebendo suporte do Facebook . "Esperamos que essa abordagem reforce a escolha que todos os usuários têm de querer ou não interagir com uma empresa", disseram. A abordagem no país será mantida até que, pelo menos, a próxima lei de Proteção de Dados Pessoais da Índia entre em ação.
WhatsApp pode ter adiado novas regras em alguns países
Inicialmente, a nova política de privacidade do mensageiro estava prevista para entrar em vigor em 8 de fevereiro. Depois, após críticas de usuários e autoridades, os responsáveis pelo app de mensagens adiaram o prazo de adesão aos termos para 15 de maio. Agora, parece que o limite foi expandido mais uma vez em algumas regiões.
Segundo o WABetaInfo
, os relatos partem de alguns usuários do app de países, como a Alemanha
e Argentina
, onde as autoridades locais suspenderam a alteração
. Nesses lugares, o mensageiro pode ter prolongado o prazo para 16 de junho de 2021. A data aparece em notificação revelada pelo site.
Recentemente, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outros órgãos do Brasil recomendaram que o WhatsApp adiasse a efetivação das restrições da nova política. Em resposta, a equipe do mensageiro disse que não vai encerrar contas ou bloquear o acesso ao app a quem não aceitou os novos termos por 90 dias . As notificações para concordar com a atualização, porém, ainda serão exibidas.