A polícia japonesa prendeu cinco pessoas acusadas de editar versões resumidas de filmes
para postar no YouTube
. No Japão, os vídeos são conhecidos como “filmes rápidos”, e têm no máximo 10 minutos de duração para mostrar de forma breve os principais pontos do enredo, o que acaba levando muitos a desistirem de ver a estreia nos cinemas
.
Em junho, a operação dos agentes policiais no Japão prendeu três acusados de editarem e subirem “filmes rápidos” no YouTube com narração própria. Os suspeitos foram enquadrados na lei de direitos autorais , que foi atualizada pelo governo em janeiro deste ano.
Nesta semana, a polícia prendeu mais dois participantes do esquema que enviavam resumo de filmes sem autorização legal — levando o total de prisões da operação antipirataria a 5 pessoas. Ao todo, foram exibidos trechos de quatro filmes locais.
Resumos de filmes faturavam com anúncios no YouTube
Estúdios no Japão estão preocupados com a popularidade dos “filmes rápidos”, que podem afetar a bilheteria de suas obras nos cinemas. São vídeos curtos, de 10 minutos, o que os deixa ainda mais atraentes para o algoritmo do Youtube.
O impacto na receita direta não se limita à telona: os vídeos investigados pela polícia eram monetizados, portanto os suspeitos lucraram com anúncios sobre o conteúdo dentro da plataforma.
A associação antipirataria japonesa CODA (Content Distribution Overseas Association) avisou ao TorrentFreak que iria intensificar o combate à pirataria no país, e deixou isso claro com as prisões de usuários do YouTube, feitas com base em denúncias da própria organização.
Contas no YouTube foram deletadas após prisões
A efetividade da polícia em prisões e apreensões sobre pirataria é vista como importante para a CODA. Na avaliação do grupo, havia 55 contas no YouTube dedicadas ao upload dos “filmes rápidos”.
“Depois das prisões, muitas destas contas foram desativadas e muitos dos ‘filmes rápidos’ foram deletados”, pontuou o órgão antipirataria.
A CODA prometeu que vai continuar com os esforços para acabar com a pirataria no Japão e para além da ilha. No caso de IPTVs internacionais, disse que vai colaborar com mais investigações policiais.