Imagem de como seria a tela do Android
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Imagem de como seria a tela do Android

Seu smartphone é um aparelho com dezenas de utilidades, mas nem sempre encontrar o que você quer é uma tarefa fácil. Muitos apps instalados e pilhas de notificações são algumas das distrações mais comuns. O Google tinha planos para o Android tentar adivinhar o que você precisa e colocar diretamente na tela de bloqueio, mas a invenção acabou deixada de lado.

O recurso colocaria atalhos para ferramentas relevantes na tela de bloqueio e no always-on display. Entre as possibilidades, estavam recomendações do que ouvir, informações de trânsito e transporte público, listas de compras e muito mais.

Tudo isso seria exibido levando em conta o contexto do usuário. Ao conectar fones de ouvido, a tela mostraria playlists e podcasts do Spotify, por exemplo, ou contatos para você ligar.

Entrando em uma estação de trem ou metrô, o Google Maps poderia dar uma estimativa do tempo de chegada ao destino.

O recurso também poderia exibir o aplicativo do mercado, a lista de compras e o Google Pay ao entrar na loja.

Se isso parece familiar para você, é porque o Google tem o widget At A Glance no Pixel Launcher. Ele tem uma finalidade parecida, ainda que mais limitada.

Os detalhes sobre o recurso foram obtidos pelo site especializado Android Authority. O projeto foi feito ainda durante o desenvolvimento do Android 11 e tinha o codinome Smartspace.

Segundo a publicação, o Google chegou a pensar em compartilhar a ferramenta com as fabricantes para que ela pudesse ser integrada às skins de Android. Mesmo assim, a empresa abandonou o projeto. Por quê?

Integrações e privacidade podem ser alguns motivos

Não existem informações claras de por que o Smartspace não seguiu adiante. No entanto, dá para especular alguns motivos.

Um deles é que o recurso precisaria de muitas integrações com apps de terceiros, como Spotify, Netflix, apps de supermercado e outros. Isso poderia ser um grande obstáculo, já que outras empresas poderiam simplesmente não aderir — vide os desentendimentos entre a Netflix e a Google TV.

Outras questões são a privacidade e a segurança. Por mais que as ações ainda precisassem de alguma forma de autenticação, o recurso poderia colocar informações sensíveis na tela de bloqueio ou no always-on display, como contatos, fotos e endereços.

Há ainda mais críticas possíveis ao produto. Algumas são práticas: quem garante que algumas das ações não seriam ativadas por toques acidentais no bolso?

Outras dizem mais respeito à nossa relação com smartphones: imagine ter que lidar com um monte de sugestões incorretas a cada vez que você precisa pegar o aparelho para fazer alguma coisa específica.

Seja como for, é interessante imaginar que poderia ser possível só tirar o smartphone do bolso e já encontrar o que você quer. Quem sabe em uma próxima versão do Android?

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