O YouTube divulgou nesta terça-feira (22) suas novas regras para as eleições brasileiras de 2022. Para evitar a desinformação, a plataforma vai excluir vídeos e banir usuários que enganem eleitores ou impeçam pessoas de votarem em outubro. Além disso, o site irá recomendar conteúdos de fontes confiáveis sobre política e mostrar avisos úteis em diversos lugares da interface.
A ideia do YouTube não é de prejudicar o debate político saudável entre candidatos e apoiadores de partidos com visões opostas. Na verdade, a plataforma quer impedir a divulgação de informações comprovadas como enganosas por órgãos oficiais do governo, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a plataforma, as novas regras proíbem conteúdos que:
- enganam eleitores sobre a hora, o local, os meios ou requisitos necessários para votar;
- alegam que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na eleição presidencial de 2018 e que os votos foram adulterados;
- espalham informações falsas sobre inelegibilidade de candidatos ou políticos em exercício;
- incentivam pessoas a impedir ou atrapalhar quem está tentando votar;
- citam fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados.
O YouTube garante que as novas diretrizes se aplicam a todos os criadores de conteúdo, independente das opiniões políticas de cada um. Vale mencionar que vídeos educacionais, documentais, científicos ou artísticos que retratam as polêmicas das eleições de 2018 ainda são permitidos, contanto que apenas relatem as acusações de fraude, sem endossá-las.
YouTube irá recomendar mais conteúdos confiáveis
Além de filtrar o conteúdo publicado na plataforma, o YouTube vai recomendar, na página inicial, nos resultados de pesquisas e no final dos vídeos, mais criadores de conteúdos que se baseiam em fontes confiáveis.
O site também irá exibir painéis com informações úteis divulgadas pelo TSE na interface, como materiais que ajudam a tirar, transferir ou regularizar o título de eleitor e fatos históricos sobre as urnas eletrônicas brasileiras.
Por fim, o YouTube promete recompensar campanhas, candidatos e criadores de conteúdo sobre política com ferramentas que podem ajudar a publicar vídeos sem desinformação.
"Políticos, comentaristas e veículos de notícias podem acessar um conjunto de recursos e funcionalidades do YouTube, incluindo apoio da nossa equipe de parcerias. Esses especialistas trabalham com organizações de notícias, criadores de conteúdo político e candidatos de todo o espectro político para otimizar sua presença no YouTube, ajudando-os a alcançar espectadores com mais eficiência, envolver a comunidade e garantir segurança", afirmou a plataforma.