Você já deve ter ouvido alguém dizer que não se deve assoprar um cartucho ou que usar o videogame em uma televisão pode estragá-la. Essas histórias relacionadas a jogos antigos não são novidades, mas nem todas devem ser levadas ao pé da letra. Se você quer conhecer mais sobre alguns mitos e verdades sobre o mundo do retrogaming, confira as linhas a seguir.
Verdades do retrogaming
Se você cresceu nas décadas de 80 e 90, então já deve ter escutado muitas dessas histórias em sua infância e adolescência. Muitas delas eram consideradas mentiras que os mais velhos contavam para te impedir de ficar o dia todo na frente da televisão. Porém, algumas são tão verdadeiras quanto o computador em Mortal Kombat 2 ser extremamente roubado. Confira:
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1. Videogame parado pode estragar
Os consoles de videogame são eletrônicos, ou seja, precisam de energia elétrica para funcionarem. Se você mantém sistemas como o NES ou o Mega Drive parados por muito tempo (me refiro a meses e anos), é possível que eles deixem de operar. A dica aqui é sempre que possível colocá-los para trabalharem por alguns minutos, assim você garante uma maior vida útil ao aparelho.
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2. Não se deve assoprar cartuchos
Sempre que alguém tenta fazer um cartucho de videogame antigo como o SNES ou o Master System funcionar, o primeiro ato é o de levar até a boca e dar aquela assoprada. A intenção é a de remover qualquer poeira, porém o que pode acontecer é o de piorar a situação. Isso porque, ao soprar, resíduos da saliva podem ser lançados ao chip do cartucho, criando problemas relacionados à energia elétrica do item. Pode ter certeza de que este não é um dos mitos do retrogaming.
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3. Emulador é tão bom quanto console original
Há pessoas que preferem cada detalhe que envolve jogar em hardware original e está tudo bem. O ponto é a qualidade dos jogos em si. Muitos emuladores oferecem uma jogatina tão boa e até melhor do que os consoles de outrora.
Isso ocorre por causa da evolução tecnológica de PCs e outros periféricos. Se o objetivo for apenas conferir os games retrôs, então a emulação é uma excelente pedida.
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4. Jogos ainda são lançados para consoles retrôs
Para quem gosta de fazer sua jogatina usando os consoles autênticos, é sempre válido lembrar que ainda há títulos sendo desenvolvidos para nossos videogames do coração. Nos últimos anos, o cenário independente lançou games para o Dreamcast, Mega Drive, Master System, Nintendinho, Super Nintendo, Nintendo 64, entre outros.
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5. É possível jogar consoles de videogames antigos em TVs modernas
Não é porque a sua televisão só tem entrada para HDMI que não é mais possível curtir o seu Nintendo 64 nela. Sendo assim, é verdade que há alternativas para usar sistemas considerados retrôs em aparelhos modernos.
É necessário desembolsar uma grana com cabos e acessórios que permitem que a imagem seja escalonada, mas ainda assim são alternativas que os entusiastas podem gostar. De qualquer forma, é uma parte muito mais cara desse hobby.
Mitos do retrogaming
Durante a época dourada de revistas como a Ação Games, Super GamePower e Nintendo World, muitas histórias acabaram surgindo. É claro que há uma infinidade de inverdades, mas separamos cinco que vivem na mente dos jogadores até os dias de hoje.
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1. Videogame estraga a televisão
Para a galera que cresceu na época das televisões de tubo (também conhecidas como CRT), era normal ouvir dos mais velhos (especialmente dos pais) que não era bom jogar muito videogame. O principal motivo é que isso poderia estragar a TV da família. Nenhum argumento a mais era oferecido, apenas de que mais de uma hora de jogos acabaria queimando o aparelho. Bom, isso não era realmente verdade.
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2. Todo videogame antigo é raro
Hoje em dia, as pessoas têm a tendência a pensar que qualquer item do passado pode ser considerado raro e, consequentemente, custar muito dinheiro. Não é bem assim. Há consoles como o PlayStation 1 que foi extremamente popular, ou seja, vendeu bastante.
Sendo assim, há muitas cópias por aí do sistema, o que o faz ser antigo, mas nem um pouco raro. Exemplos desses mitos no mundo do retrogaming é o que não faltam.
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3. E.T. de Atari é o responsável pelo crash dos videogames
Não é pra tanto. A verdade é que o game baseado no filme E.T. O Extraterrestre é apenas a cereja do bolo que afundou a indústria dos jogos em 1983. Porém, muitos outros fatores como a frequência de lançamentos e o descuido na qualidade dos títulos de Atari foram muito mais relevantes para o que ocorreu na época. O jogo do E.T. é péssimo, sem dúvida, mas há muitas outras obras piores da mesma geração.
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4. Sheng Long em Street Fighter 2
Por muito tempo, jogadores e fãs da franquia da Capcom acreditaram que o personagem Sheng Long (suposto mestre de Ryu e Ken) poderia ser desbloqueado em Street Fighter 2. Mas a verdade é que tudo não passou de uma brincadeira de primeiro de Abril da revista americana EGM, que o apresentou em suas páginas afirmando que ele seria um chefe secreto do jogo.
Curiosamente, muitos anos depois, a Capcom decidiu criar o personagem Gouken em Street Fighter IV com muitas semelhanças de Sheng Long.
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5. O PlayStation 1 e o Sega Saturn não foram os primeiros consoles de 32 bits
É muito comum ouvir entusiastas afirmando que tanto o console da Sony quanto o da Sega foram os primeiros da chamada geração 32 bits. Na verdade, eles não chegaram nem perto de tal feito. O FM Towns Marty, lançado pela empresa japonesa Fujitsu em 1993, é realmente o primeiro console de videogame de 32 bits da história. Apenas em novembro e dezembro de 1994 é que chegariam o Saturn e o PS1 respectivamente.