Elon Musk pode ser processado se não concluir compra do Twitter
Reprodução/Instagram - 26.04.2022
Elon Musk pode ser processado se não concluir compra do Twitter

Elon Musk parece estar mudando de ideia sobre a compra do Twitter, mas para a rede social, é tarde demais. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (18), a empresa diz que pretende fechar o negócio e fazer com que o acordo seja cumprido nos valores propostos.

A posição faz parte de um comunicado enviado ao jornal The New York Times. "A diretoria e o sr. Musk concordaram com uma transação no valor de US$ 54.20", diz o texto. "Nós acreditamos que este é o melhor interesse de todos os acionistas. Nós pretendemos concluir a transação e fazer com que o acordo de fusão se cumpra".

Segundo a publicação, o negócio prevê uma multa de US$ 1 bilhão em caso de desistência. Além disso, contém uma cláusula que permite ao Twitter processar Musk e obrigá-lo a concluir o negócio, desde que o financiamento obtido por ele permaneça intacto.

Elon Musk questiona spam e manda emoji de cocô

A reportagem do jornal novaiorquino trata justamente da aparente hesitação de Elon Musk para concluir a compra — ou, no mínimo, pagar os valores acertados.

Nos últimos dias, o bilionário fez questionamentos, criticou a plataforma e até mesmo ironizou Parag Agrawal, CEO da empresa, com um singelo emoji de cocô.

O grande ponto de debate é a quantidade de robôs e contas falsas no Twitter. A empresa diz que eles não representam mais do que 5% dos usuários monetizáveis diariamente ativos.

Musk discorda da metodologia usada e aposta que esse número é muito maior. De fato, estudos independentes afirmam que a fatia de bots e fakes na rede pode estar entre 9% e 15% dos usuários.

Seja um ceticismo sincero ou mero blefe, fato é que Musk parece estar tentando pagar menos que os US$ 44 bilhões acertados, ou simplesmente acabar com o acordo.

Na manhã de terça (17),  ele disse no próprio Twitter que "o negócio não pode prosseguir" sem os detalhes do volume de spam na plataforma. Na segunda (16), em uma conferência em Miami (EUA), o bilionário disse que não poderia pagar aquele preço por algo muito pior do que o divulgado.

Longe dos tweets de emojis e críticas públicas, porém, o acordo prossegue. As duas partes registraram documentos regulatórios na terça-feira, segundo o New York Times.

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