A partir de uma acusação baseada em "negócios e má fé e quebra de contrato", o Google decidiu dar início a um processo contra a Match Group, dona da rede social Tinder. Essas farpas começaram em maio, quando uma ação judicial surgiu da dona de apps contra a gigante de tecnologia
sobre políticas de faturamento monopolistas. Ou seja, parece que agora é o momento da vingança.
Na segunda-feira (11), o Google deu entrada no processo, afirmando que a Match Group não quer pagar nada ao usar a Play Store. Lembrando que a dona da loja cobra uma taxa de 15% no primeiro US$ 1 milhão em receita anual de aplicativos por desenvolvedores dos EUA.
Segundo a ação, essa recusa "coloca o grupo em uma posição vantajosa em relação a outros desenvolvedores de aplicativos que honram seus acordos e compensam o Google de boa fé pelos benefícios que recebem". O pedido busca danos monetários não especificados.
Mas não é só isso, há uma requisição que daria a permissão da companhia de remover permanentemente o aplicativo do Tinder da Play Store. Essa mudança afetaria mais de 75 milhões de pessoas, número de usuários ativos na plataforma no começo de 2022, segundo o Businessofapps.
Problemas entre empresas não é novidade
Essa não é a primeira vez que problemas de relacionamentos entre companhias de apps e detentoras digitais vêm à tona. Em 2021, por exemplo, ambos os donos da App Store e da Play Store se esforçaram para barrar um projeto que combatia taxas em lojas de aplicativos.
A própria Match Group, ao lado da Epic Games, criticou as taxas da App Store em 2020, o que acabou afetando outras marcas.
Falando em taxas, o Google foi processado por 36 estados americanos em 2021. A ação judicial questionava a taxa de 30% aplicada nas transações digitais. Na época, a empresa afirmou que "a reclamação imita um processo igualmente sem mérito movido pela grande desenvolvedora de apps Epic Games, que se beneficiou da abertura do Android ao distribuir seu app Fortnite fora do Google Play".
Por último, o pleito iniciado em maio pela Match acredita que há muito controle nas mãos dos donos das lojas online. Por esse motivo, a causa afirma que há táticas anticompetitivas que servem apenas para manter a segurança de seu próprio ecossistema. Ainda não há nenhuma definição nos dois processos atuais.