As propagandas na Netflix estão mais próximas de se tornar realidade. Nesta quarta-feira (13), a empresa comunicou que a Microsoft será sua parceira de tecnologia e vendas de anúncios. Um novo plano mais barato com publicidade
foi a forma encontrada pela empresa para enfrentar uma crise que envolve queda no número de assinantes
e demissões em massa.
"Todas as propagandas exibidas na Netflix estarão disponíveis [para anunciantes] através da plataforma da Microsoft", diz a empresa de tecnologia, em um post assinado por Mikhail Parakhin, presidente de experiências web.
"Os consumidores terão mais opções para acessar o premiado conteúdo da Netflix", continua Parakhin. "Os anunciantes que procuram a Microsoft e suas soluções de publicidade terão acesso à audiência da Netflix e a um inventário de TVs premium conectadas".
Greg Peters, diretor-chefe de operações da Netflix, escreveu que a Microsoft oferece flexibilidade para inovar tanto em tecnologia quanto em vendas, além de oferecer proteções à privacidade dos membros.
"Estamos no começo e temos muito trabalho pela frente. Mas a meta de longo prazo é clara", acrescenta Peters. "Mais alternativas para consumidores, e uma experiência de marca premium, melhor que a TV linear, para anunciantes".
Netflix luta para sair da crise
Os tempos são difíceis para a Netflix. Pela primeira vez em uma década, a empresa registrou uma queda em seu número de assinantes. Foram 200 mil usuários a menos entre janeiro e março de 2022, e a expectativa para abril a junho era de outros 2 milhões deixando a plataforma.
Entre os motivos apontados pela companhia, estão a guerra na Ucrânia, a concorrência mais acirrada, a inflação e o compartilhamento de contas.
Sobre esse último fator, aliás, a Netflix ensaiou a cobrança de uma taxa extra para quem empresta a senha para amigos e familiares que não moram na mesma casa.
Outra medida tomada para enfrentar o crescimento mais lento nas receitas foi cortar pessoal. Pelo menos duas rodadas de demissões aconteceram entre maio e junho. Ao todo, cerca de 450 funcionários foram desligados, a maioria dos EUA e de departamentos de marketing.