A Apple revelou, na tarde desta quarta-feira (7), os preços dos recém-anunciados iPhone 14 , 14 Plus, 14 Pro e 14 Pro Max. Aqui no Brasil, os novos smartphones partem de R$ 7.599 e ultrapassam os R$ 15 mil na versão Pro Max. Um levantamento feito com exclusividade pelo Tecnoblog revela que, por aqui, os iPhones são os mais caros quando comparados com dezenas de outros países.
Para nosso ranking, reunimos os preços oficiais listados na Apple Store em 28 países nos quais o iPhone 14 é vendido, ou onde estará em pré-venda. Em seguida, os valores foram convertidos de suas moedas locais para o dólar americano.
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Brasil tem iPhone 14 e 14 Pro Max mais caros
Em nosso levantamento, o Tecnoblog selecionou dois modelos de iPhones para comparar os preços no Brasil e no exterior:
- iPhone 14 de 128 GB, a versão de entrada e
mais baratamenos cara - iPhone 14 Pro Max de 1 TB, o mais top de linha
Ao converter diretamente seus preços em reais para o dólar dos EUA, observamos que ambos os modelos custam mais no Brasil do que em outros países. Seus valores aqui são, respectivamente, US$ 1.148 e US$ 2.953.
Em comparação com os preços praticados nos Estados Unidos, o iPhone 14 de 128 GB é 81% mais caro . Dentre os países listados no levantamento, esta é a primeira vez que a empresa cobra valores acima dos US$ 1 mil pelo iPhone de entrada no Brasil.
Infelizmente, essa não é exclusividade nossa: o celular da Apple passou dos US$ 1 mil em outros treze países, incluindo Espanha, França, Itália, México e Portugal.
No caso do iPhone 14 Pro Max de 1 TB , o cenário é ainda mais extremo, faltando pouco para alcançar os US$ 3 mil aqui no Brasil. Isso é cerca de 85% mais caro quando comparado com o valor cobrado nos EUA.
Além disso, o aparelho custa 24% a mais no Brasil que no segundo país do ranking, a Índia (US$ 2.385).
Por que o iPhone 14 é tão caro no Brasil?
Não é a primeira vez que o Tecnoblog fala sobre os smartphones da Apple serem mais caros no Brasil do que no restante do globo. Escrevemos sobre isso no ano passado, quando a empresa anunciou os iPhones 13, e em 2020, durante o lançamento dos iPhones 12.
De lá para cá, pouco mudou. Embora tenhamos um corte acumulado de 20% no imposto de importação de produtos eletrônicos, ainda somos um país que cobra tarifas altas.
No entanto, este é apenas uma fração da carga tributária. Além do imposto de importação, há o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e o ICMS (Imposto sobre Produtos Industrializados) nos estados.
Como se não fosse o bastante, a depender de como o consumidor adquira seu aparelho, ainda há a incidência de IOF(Imposto sobre Operações Financeiras) sobre a operação de câmbio. Isso explica, em parte, o motivo dos preços estratosféricos não somente dos iPhones, como de todos os produtos da Apple no Brasil.
Aliado a isso, sabemos também que a empresa se coloca em nosso país como uma marca de luxo. Dessa forma, ela toma a liberdade de praticar valores, considerados por alguns, abusivos a fim de se diferenciar de suas concorrentes.
Por fim, temos a alta do dólar como uma condição que também deve ser levada em conta, ainda mais quando falamos sobre produtos importados. Já faz algum tempo que o real vem se desvalorizando, fazendo com que o dólar americano suba. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, seu preço se manteve acima dos R$ 5.
Toda essa soma de taxação, posicionamento de marca e câmbio fazem com que os preços subam a níveis altíssimos. É por esse e outros motivos que a Apple tem ampliado cada vez mais seu portfólio de versões, a fim de alcançar outras pessoas com modelos "mais em conta", como é o caso do iPhone SE, que já está em sua terceira geração.
Quanto custa o iPhone 14 em outros países?
Abaixo, o Tecnoblog reúne os preços do iPhone 14 e do 14 Pro Max em 28 países, listados em ordem decrescente, do maior valor para o menor. Como já mencionado, todos os preços foram convertidos de suas moedas locais para o dólar americano; os impostos sobre a venda também foram considerados.
País | iPhone 14 (128 GB) | País | iPhone 14 Pro Max (1 TB) |
---|---|---|---|
Brasil | US$ 1.448 | Brasil | US$ 2.953 |
Suécia | US$ 1.122 | Índia | US$ 2.385 |
Dinamarca | US$ 1.117 | Dinamarca | US$ 2.220 |
Espanha | US$ 1.100 | Noruega | US$ 2.218 |
Noruega | US$ 1.098 | Suécia | US$ 2.216 |
México | US$ 1.051 | Finlândia | US$ 2.150 |
Finlândia | US$ 1.040 | Portugal | US$ 2.150 |
Itália | US$ 1.030 | Itália | US$ 2.140 |
Portugal | US$ 1.030 | França | US$ 2.130 |
França | US$ 1.020 | Holanda | US$ 2.130 |
Holanda | US$ 1.020 | Espanha | US$ 2.120 |
Índia | US$ 1.003 | México | US$ 2.101 |
Filipinas | US$ 1.000 | Alemanha | US$ 2.100 |
Alemanha | US$ 1.000 | Reino Unido | US$ 2.016 |
Reino Unido | US$ 979 | Suíça | US$ 1.944 |
Nova Zelândia | US$ 971 | Nova Zelândia | US$ 1.943 |
Suíça | US$ 951 | China | US$ 1.938 |
Canadá | US$ 947 | Filipinas | US$ 1.931 |
Austrália | US$ 946 | Canadá | US$ 1.929 |
Malásia | US$ 933 | Austrália | US$ 1.873 |
Emirados Árabes | US$ 925 | Singapura | US$ 1.872 |
Singapura | US$ 925 | Emirados Árabes Unidos | US$ 1.851 |
Coreia do Sul | US$ 910 | Taiwan | US$ 1.828 |
Taiwan | US$ 904 | Coreia do Sul | US$ 1.820 |
Hong Kong | US$ 879 | EUA (Nova York) | US$ 1.741 |
EUA (Nova York) | US$ 870 | Hong Kong | US$ 1.732 |
China | US$ 861 | Malásia | US$ 1.688 |
Japão | US$ 833 | Japão | US$ 1.668 |
EUA (sem imposto sobre venda) | US$ 799 | EUA (sem imposto sobre venda) | US$ 1.599 |
Nos EUA, o iPhone 14 e 14 Max têm um desconto de US$ 30 para os clientes das principais operadoras do país: AT&T, Sprint, T-Mobile e Verizon. Neste levantamento, consideramos o preço de um aparelho desbloqueado, sem essa redução.
O preço descrito como "sem imposto sobre venda" vale para os estados americanos que possuem alíquota zero sobre os produtos: New Hampshire, Montana e Oregon.
Para quem for comprar o iPhone em outro lugar, consideramos o valor no estado de Nova York, com taxa de 8,875%. Já no Canadá, levamos em conta o imposto sobre vendas no estado de Ontário.
Exclusivo: iPhone 14 do Brasil é até 85% mais caro que no exterior; veja lista