O 5G puro atingiu todas as capitais brasileiras nesta semana
, mas ainda está longe de ser onipresente como o 4G. De acordo com a Anatel, apenas 5,6% das estações rádio-base são compatíveis com a nova tecnologia, mas o número deve saltar ao longo dos anos.
A informação foi dita por Vinicius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação da Anatel. São 5.275 estações rádio-base ativas com 5G Standalone, do total de 93,1 mil antenas de telefonia celular.
A porcentagem de antenas com 5G puro parece baixa, mas compreende o dobro do número exigido pela Anatel para o primeiro ano de operação. De acordo com o edital do leilão, as operadoras são obrigadas a manterem pelo menos uma estação rádio-base para cada 100 mil habitantes.
Cobertura 5G deve melhorar ao longo dos anos
O cronograma da Anatel para o 5G puro inclui obrigações progressivas para expansão de cobertura. Até julho de 2024, a densidade de antenas nas capitais aumenta para uma estação a cada 100 mil habitantes, e em 2025 será necessário ter uma antena para cada 15 mil habitantes tanto nas capitais como nos municípios com mais de 500 mil habitantes.
Por enquanto, as operadoras só podem ativar a frequência de 3,5 GHz nos municípios com autorização da Anatel, uma vez que a faixa está atualmente ocupada pela TV aberta via satélite (TVRO).
A agência trabalha para antecipar a liberação do espectro de 3,5 GHz nas cidades médias. O calendário prevê que a frequência do 5G puro esteja disponível nesses municípios até o dia 1º de janeiro de 2023.
No entanto, a cobertura 5G ainda é escassa mesmo nas capitais cujo espectro foi liberado. A quantidade de antenas não é suficiente para levar o sinal de quinta geração para todos os bairros, que continuam dependendo exclusivamente do 4G, 3G ou 2G.
Por enquanto, a operadora que costuma cobrir o maior número de bairros é a TIM. Na maioria das capitais, Claro e Vivo optaram por instalar antenas 5G nas áreas mais nobres ou com maior tráfego de pessoas.