O irmão de Pablo Escobar , traficante cuja história inspirou a série Narcos da Netflix, está novamente tentando conquistar um espaço no mercado de smartphones . Depois de vender smartphones dobráveis, mais precisamente versões “de luxo” do Royole Flex Pai e Galaxy Fold “folheadas a ouro” e decoradas com sua marca a preços abaixo dos de mercado, a próxima iniciativa do empresário é vender o iPhone 11 Pro a preços menores que os da Apple .
Você não leu errado. Um iPhone 11 Pro de 256 GB custa, na Apple, US$ 999. Roberto Escobar afirma estar vendendo seu Escobar Gold 11 Pro , folheado a ouro e em uma “caixa de madeira de luxo”, por US$ 499. Segundo Escobar, são aparelhos previamente “defeituosos” que foram remanufaturados, e vem acompanhados de acessórios (cabo, carregador e fones de ouvido) originais.
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O produto é uma "edição limitada" de duas mil unidades, e segundo um contador no site da "Escobar, Inc." 356 unidades já foram vendidas. “Essa é minha forma de lutar contra a Apple . Vendo os aparelhos deles por um preço menor e os meus são folheados a ouro e mostrados por garotas bonitas. A Apple nunca poderá fazer isso”, diz Roberto. O canal de sua empresa no YouTube está repleto de vídeos de modelos de lingerie fazendo caras e bocas enquanto mostram os aparelhos para a câmera.
Não é preciso ser um especialista em mercado para perceber que a conta não fecha na oferta de Escobar. Um iPhone 11 Pro Max de 256 GB com a tela quebrada vale cerca de US$ 750 no eBay, portanto ele teria de estar adquirindo os aparelhos a um preço muito, muito abaixo do valor de mercado, mesmo quebrados, para ter algum lucro.
Uma possível explicação é que se trata de um golpe com uma estratégia simples: chamar a atenção para o aparelho pelo preço, receber pelos pedidos, entregar apenas alguns para dar um ar de “legitimidade” à operação e embolsar o dinheiro dos outros sem entregar aparelhos.
É algo que, segundo a Abacus News, aconteceu com os consumidores do primeiro dobrável da empresa e, presumivelmente, também no segundo modelo. Alguns consumidores tentaram reaver seu dinheiro e receberam de volta um e-mail dizendo: “venha para a Colômbia se quiser”. Considerando que Roberto Escobar se apresenta no site de sua empresa como "assassino-chefe do Cartel de Medellin", você iria?