Nesta segunda-feira (18), um tribunal de Seul condenou Lee Jae-yong
, herdeiro do conglomerado Samsung
, a voltar à prisão por dois anos e meio. A decisão foi tomada após um novo julgamento sobre um caso de suborno envolvendo o magnata e uma ex-presidente sul-coreana.
Filho do bilionário Lee Kun-hee, presidente da Samsung , – que faleceu em outubro do ano passado -, Jae-yong foi preso pela primeira vez em 2017 após um escândalo envolvendo sua sucessão dentro da empresa.
Na época, Jae-yong foi acusado de oferecer propina no valor de 30 bilhões de won (moeda sul-coreana) à então presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye. Seu objetivo com a disponibilização do valor era o de obter apoio do governo para assumir o cargo que foi de seu pai dentro da companhia.
Naquele mesmo ano, Geun-hye seria removida do cargo em processo de impeachment, sob várias acusações de corrupção – incluindo o caso envolvendo a Samsung .
Em sua decisão, o Tribunal Distrital Central de Seul afirma que o empresário “pagou voluntariamente e pediu à presidente que usasse seu poder para facilitar sua sucessão. É muito lamentável que a Samsung, a maior empresa do país e líder mundial em inovação, esteja repetidamente envolvida em crimes cada vez que o poder política muda”.
Mesmo com a condenação, o advogado de defesa do magnata afirma que “este é, essencialmente, um caso em que a liberdade e os direitos de propriedade de uma empresa foram violados pelo abuso de poder por parte da ex-presidente. Dada a natureza do caso, considero a decisão do tribunal lamentável”.
Em maio de 2020, Jae-yong divulgou um pedido de desculpas público por seu papel na trama para obter a sucessão do cargo. Na ocasião, ele se comprometeu a não passar o controle administrativo da empresa para seus filhos.
Agora, a condenação deve afetar diretamente a Samsung , potencialmente complicando suas principais decisões estratégicas. Atualmente, a empresa é administrada por uma equipe de executivos.