Na quinta-feira (10), a Netflix anunciou um movimento que irá diversificar a receita da empresa: o Netflix.shop, um e-commerce próprio que focará na venda de produtos de filmes e séries presentes no catálogo de títulos da empresa. O site foi criado em parceria com a Shopify e, por ora, só está disponível nos Estados Unidos. Ainda não existe data de lançamento prevista para o Brasil ou outros países do mundo.
O movimento é estratégico para a empresa, para diversificar a receita, especialmente se considerado que a plataforma viu o número de novos assinantes cair no primeiro trimestre de 2021 em comparação com 2020.
A diminuição ocorre, principalmente, em meio à crescente entrada de novos players no mercado de streaming e consequente competitividade no mercado de títulos on demand, com lançamentos de serviços atrelados a grandes empresas como HBO, com o H BO Max ; Disney, com o Disney+ e Hulu, além de concorrentes mais antigos como o Amazon Prime Video , da varejista homônima. Ao contrário de alguns rivais, a Netflix não vende publicidade dentro do seu serviço do streaming. A receita da companhia é proveniente de pagamentos de mensalidade dos mais de 200 milhões de assinantes globais.
Alterando a rota
Desde o ano passado, a gigante do streaming busca investir em produtos, algo que teve início com a chegada de Josh Simon, ex-executivo da Nike e atual diretor de produtos da Netflix . O executivo já, inclusive, fechou acordos com varehistas como Walmart , Amazon , Sephora e Target para comercializar diversos itens relacionados às séries e aos filmes da companhia.
Por enquanto, Simon anunciou que o e-commerce venderá itens como bonés, camisetas, moletons e almofadas da série policial francesa Lupin
, que tem feito grande sucesso na plataforma. E, futuramente, novos itens de outros produtos audiovisuais devem ser comercializados pelo site.
Ao contrário da concorrente Disney , a Netflix não prevê a abertura de lojas físicas para seus produtos. Simon, inclusive, afirmou que a companhia sabe que a receita do novo e-commerce não se equiparará à receita proveniente de acordos com lojas e marcas de moda.