China ataca redes sociais
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China ataca redes sociais

A China iniciou mais uma ofensiva contra o mercado da tecnologia, o alvo da vez são os equivalentes chineses às redes sociais ocidentais, como o WeChat e o Weibo. O WeChat é a rede de mensagens instantâneas da China, algo equivalente ao que são o WhatsApp e o Telegram por aqui. Já o Weibo, é uma rede de microblogs, como é o Twitter. As redes originais são bloqueadas na China.

A decisão do governo chinês se dá por um receio de que a juventude do país seja influenciada pela chamada cultura das celebridades. O medo dos comandantes do país é de que influenciadores e artistas populares tenham muita influência sobre os jovens e, para controlar isso, além dessas redes populares, os jogos online e até mesmo empresas que distribuem músicas e casas de karaokê foram atingidas pela decisão.

China x Celebridades do Weibo

Para atender às exigências da administração chinesa, o Weibo decidiu remover da plataforma uma espécie de lista que reunia as celebridades mais "em alta" dentro da rede. A decisão foi tomada depois de uma crítica publicada no jornal estatal Diário do Povo , que acusou a rede de apoiar personalidades que não representam os valores defendidos pela maior parte da sociedade chinesa.

De acordo com a publicação, adolescentes e jovens adultos do país são influenciados por essas listas a seguir perfis de celebridades com base na popularidade dessas pessoas nas redes sociais. As listas eram elaboradas de acordo com o número de interações das postagens das pessoas populares e também no número de seguidores que elas já tinham.

Já o WeChat está sendo processado por procuradores públicos da China para limitar o acesso de menores de idade a todas as funções do aplicativo. Os procuradores afirmam que o "youth mode" (modo jovem), não é suficiente para proteger as crianças chinesas.

"Drogas eletrônicas"

Na denúncia, os procuradores não dão detalhes sobre qual era a infração cometida pelo WeChat ou quais eram os aspectos do "youth mode" que estariam sendo prejudiciais às crianças chinesas. A Tencent, que é dona do WeChat, deve receber uma multa bilionária do governo chinês, como parte da recente ofensiva contra monopólios no setor de tecnologia do país.

A primeira das grandes empresas a ser alvo dessa ofensiva governamental chinesa foi a gigante do e-commerce, Alibaba, que recebeu uma multa de cerca de R$ 14 bilhões. A Tencent, que também atua no mercado dos games, foi acusada pela imprensa estatal de produzir conteúdos que são "ópio espiritual" ou "drogas eletrônicas".

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