Um novo relatório indica que a Huawei aumentou o número de componentes chineses dos seus smartphones em relação a peças americanas. A mudança é resultado das sanções sofridas pela fabricante
nos Estados Unidos. Durante o governo de Donald Trump, a empresa teve a atuação proibida no país sob alegação de que os seus dispositivos estariam captando dados da população.
Os dados publicados pela NikkeiAsia revelam que a Huawei praticamente dobrou os componentes chineses em smartphones lançados no último semestre. Os dispositivos da empresa possuem aproximadamente 60% das peças feitas em seu país de origem. De acordo com o relatório, além da proibição da atuação nos Estados Unidos, a inclusão da Huawei na lista negra do país também impediu a utilização de componentes americanos pela fabricante, a obrigando a recorrer apenas por dispositivos fabricados no exterior.
Ainda segundo o relatório, o smartphone 5G Huawei Mate 40E possui mais do que o dobro de peças chinesas em comparação ao seu antecessor, o Mate 30. Os únicos componentes americanos que restam no aparelho seriam semicondutores que provavelmente ainda não foram trocados por conta da escassez destas peças no mercado.
Samsung também perdeu espaço para mercado chinês
Além dos componentes americanos, a Huawei está priorizando peças chinesas em relação a outros concorrentes asiáticos, como a Samsung. A empresa parou de comprar telas da fabricante coreana para favorecer a BOE Technology Group, responsável pela fabricação dos displays do Mate 40E.
Somente a troca das telas representa aumento de quase 30% dos componentes chineses dos seus smartphones. Além disso, a empresa também teria adotado componentes para controle de energia e antenas fabricadas no seu país de origem para o Mate 40E.