Durante o evento Advertising Week Europe, na última segunda-feira (20), o YouTube se desculpou por ter permitido que anúncios aparecessem ao lado de conteúdos ofensivos publicados no YouTube.
Leia também: Saiba como vai funcionar a YouTube TV e tire suas dúvidas
"Eu gostaria de me desculpar com os parceiros e anunciantes que foram afetados pelos seus anúncios aparecendo em conteúdo controverso", afirmou Matt Brittin, presidente do Google para Europa, Oriente Médio e África, Matt Brittin, sobre as propagandas mal posicionadas no YouTube .
Perda de anunciantes
As propagandas colocadas ao lado dos vídeos ofensivos fizeram com que a empresa perdesse alguns anunciantes. HSBC e Marks & Spencer, por exemplo, removeram campanhas voltadas para o mercado britânico, que é o segundo maior do Google fora dos Estados Unidos. Em 2016, este mercado gerou uma receita de US$ 7,8 bilhões ao gigante da tecnologia, equivalente a quase 9% da arrecadação total para o período, sendo a maior parte justamente proveniente de anúncios.
Além disso, o próprio governo britânico suspendeu publicidades na plataforma de vídeos do Google, pois alguns de seus conteúdos foram colocados ao lado de conteúdos considerados homofóbicos e antissemitas – o que resultou em uma série de processos judiciais.
Leia também: YouTube anuncia fim das anotações em vídeos
Algumas grandes marcas do Reino Unido, bem como as principais empresas de publicidade, afirmaram que vão fazer uma reavalição sobre a forma de trabalhar com o Google.
Mais polêmicas
Os problemas do Google com relação ao YouTube nesta semana não ficaram restritos apenas aos anúncios. A plataforma recebeu muitas críticas de seus usuários por um novo recurso de “modo restrito”, que censura vídeos com conteúdo LGBT. O objetivo do site seria deixar restrito o acesso a conteúdos que podem ser ofensivos.
Após as reclamações e publicações de youtubers criticando a decisão, a empresa também se desculpou pelo caso. A maneira como o pedido foi feito, no entanto, não convenceu alguns criadores de conteúdo. “Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no Modo Restrito, mas aqueles que discutem assuntos mais delicados podem não estar”, disse a plataforma.
Leia também: YouTube começa a testar mudanças no design da tela de carregamento
De acordo com os usuários, a justificativa não foi bem aceita pelo fato da ferramenta do YouTube estar barrando conteúdos como documentários sobre jovens transgêneros, vídeos de casamentos entre duas pessoas do mesmo sexo e até mesmo tutoriais de maquiagem.