Meses após apresentar seu aplicativo de vídeos para TVs inteligentes, o Facebook trabalha na produção de conteúdo original para concorrer com serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime. De acordo com o site "Business Insider", a rede social de Mark Zuckerberg deverá disponibilizar pouco mais de 20 títulos de séries no mês de junho. A ideia, segundo a reportagem, é apresentar títulos que sigam dois modelos.
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O primeiro deles deverá ser formado por séries de maior orçamento e produção, voltadas especialmente para a exibição nas televisões. O outro, de séries de menor custo e duração – entre cinco e dez minutos – para serem lançados diariamente. Além de confirmar a estratégia do Facebook de investir em conteúdos de vídeo, a produção de séries originais mostra que a plataforma terá um controle maior sobre todo o conteúdo exibido no feed dos quase dois bilhões de usuários mensais.
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Ainda de acordo com o "Business Insider", a rede social vê, nos vídeos, uma importante estratégia de manter a atenção dos usuários. Em especial, uma parcela de jovens que está migrando para o Snapchat. Além disso, o objetivo é reter uma parte da verba publicitária voltada para as emissoras de televisão.
O projeto de conteúdo original está sendo liderado por Ricky Van Veen, cofundador do site de comédia CollegeHumor. O setor vem se encontrando com produtoras e ouvindo propostas de séries com duração de até trinta minutos. Apesar de tentar abranger diversos tipos de produções, os títulos voltados para o público adolescente é o que mais recebe a atenção da empresa neste momento. "Eles estão obcecados com o Snapchat", disse uma fonte ao "Business Insider".
Outra área do projeto busca acordos com as principais ligas de esportes do mundo. Em fevereiro, por exemplo, a rede social teria conversado com representantes da Major League Baseball (MLB) com o objetivo de transmitir partidas no feed da plataforma. "Esporte é, provavelmente, uma coisa que tentaremos em algum ponto", disse o CEO e fundador da rede social, Mark Zuckerberg, em uma conferência com investidores.
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Como lembra o "Business Insider", não há como saber se a nova tentativa do Facebook será bem-sucedida, já que muitos usuários podem não ver a rede social como um ambiente para assitir vídeos com maior duração. Porém, a julgar pela aprovação dos usuários em relação ao vídeos que são reproduzidos automaticamente no feed, é possível entender o motivo da aposta de Zuckerberg.