O Youtube pretende seguir investindo para combater a divulgação de conteúdos online por grupos terroristas . Em comunicado publicado em seu blog, a plataforma afirmou que admitiu que sua inteligência artificial cometeu erros em sua tarefa de identificar vídeos extremistas e reafirmou o compromisso de adotar medidas em relação aos vídeos corretos.
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Segundo o YouTube , 83% dos vídeos removidos por extremismo sofreram algum tipo de ação antes mesmo de serem denunciados por seres humanos. O resultado representa um crescimento de oito pontos percentuais desde agosto. Além disso, as equipes da plataforma revisaram manualmente mais de um milhão de vídeos impróprios. A estratégia, no entanto, trouxe consigo falhas, como a classificação de vídeos jornalísticos como extremistas.
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"Sabemos que podemos ser melhores e estamos comprometidos em garantir que nossas equipes estejam tomando atitudes em relação ao conteúdo correto. Estamos trabalhando em formas de educar aqueles que compartilham vídeos destinados a documentar ou expor a violência sobre como adicionar o contexto necessário", afirmou.
Em agosto, criadores de conteúdo do site afirmaram que reportagens, pequenos documentários e até mesmo seus canais foram removidos por inteiro por veicularem conteúdo informativo sobre o terrorismo , ainda que os grupos extremistas tenham sido apresentados de forma negativa. Desde junho, a plataforma e outros serviços do Google vêm intensificando as ações de combate à divulgação de conteúdos extremistas.
Em setembro, o Google anunciou o investimento de US$ 5 milhões para soluções tecnológicas e projetos voltados para os mais jovens que ajudem a "criar um sentido de comunidade e promover a resistência à radicalização". Em sua publicação, a plataforma defendeu o fim da difusão de materiais extremistas na internet. "Continuaremos a investir significativamente na luta contra a propagação, fornecendo atualizações aos governos e colaborando com outras empresas", declarou.
A batalha do YouTube contra o terrorismo se intensificou no início desse ano, após empresas se queixaram por terem seus anúncios exibidos ao lado de vídeos ofensivos . Na ocasião, companhias como HSB e Marks & Spencer decidiram remover as campanhas voltadas para o mercado britânico, o segundo maior do Google fora dos Estados Unidos.
* Com informações da Ansa.