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No próximo dia 21 de novembro, será lançado o aplicativo Alfabantu. A ideia dos educadores Odara Dèlé e Edson Pereira é voltada para o público infantil e visa auxiliar no aprendizado da língua do povo kimbundu, da Angola.

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Além de um aplicativo educativo, o Alfabantu é uma ferramenta de entretenimento que colabora para o processo de representação afirmativa das crianças negras
Divulgação/Alfabantu
Além de um aplicativo educativo, o Alfabantu é uma ferramenta de entretenimento que colabora para o processo de representação afirmativa das crianças negras

No aplicativo será possível conferir um glossário com várias palavras, saudações partes do corpo e nomes de animais e números. Além disso, os educadores que atuam em escolas municipais e estaduais da cidade de São Paulo introduziram um game na plataforma em formato de Quiz, para que as crianças memorizem as palavras e aprendam por meio da tecnologia .

“Nós percebemos que dentro do currículo escolar, não existem materiais que trabalhem a lei 10.639 – criada em 2003 e que rege sobre o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nas escolas – principalmente em língua portuguesa, em que não há uma aproximação com as línguas africanas . A partir disso, decidimos criar um app para aproximar as crianças da história, cultura e arte, para que elas compreendam que a cultura africana faz parte da sociedade brasileira”, comentou Odara Dèlé.

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Entretenimento + educação

Além de um app educativo, o Alfabantu é uma ferramenta de entretenimento que colabora para o processo de representação afirmativa das crianças negras, por meio da comunicação de vários aspectos do legado africano no Brasil, aproximando o país de Angola, onde além da língua portuguesa, há também o kimbundu, que teve grande importância no português falado aqui.

“Muitas palavras usadas no nosso cotidiano são de origem kimbundu , como ‘moleque’, ‘caçula’, mas desconhecemos isso, dado o violento processo de colonização feito por Portugal nos dois países, que colocou fim na religião, no território e nas línguas com o intuito de ter uma supremacia portuguesa. No Brasil, por exemplo, existiam aproximadamente 1,2 mil línguas indígenas e hoje temos apenas 256 e o mesmo ocorreu em Angola, daí a importância que valorizamos estas raízes e um idioma original. O kimbundu está também dentro dos terreiros de candomblé Angola, que tem uma manutenção muito grande da fonética, onde permanecem rezando e cantando a cultura trazida pelos angolanos”, explicou uma das criadoras da plataforma.

As crianças poderão baixar o aplicativo gratuitamente nos dispositivos iOS e Android. 

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