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O Twitter removeu a Cambridge Analytica e filiadas da sua lista de anunciantes; confira
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O Twitter removeu a Cambridge Analytica e filiadas da sua lista de anunciantes; confira

As polêmicas envolvendo empresas de tecnologia e vazamentos de dados parecem não ter mais fim. De acordo com uma publicação feita no último domingo (29) pelo portal Bloomberg , Aleksandr Kogan, o responsável por criar um teste de personalidade para o Facebook que  coletou informações de 87 milhões de usuários e vendê-los para a empresa Cambridge Analytica , também comprou dados do Twitter quando controlava a Global Science Research (GSR).

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Em nota, o Twitter explicou que o acesso aconteceu há três anos. “Em 2015, a GSR obteve acesso à API de uma amostra aleatória de tuítes públicos de um período de cinco meses, de dezembro de 2014 a abril de 2015”.

Além disso, a rede social também pontuou à Bloomberg que recentemente fez levantamentos sobre as informações que a GSR comprou e constatou que os dados privados dos seus usuários não foram acessados pela companhia. O Twitter também informou que removeu a Cambridge Analytica e suas afiliadas da sua lista de anunciantes e informou que a GSR pagou pelo acesso, diferente do caso com o Facebook, mas não forneceu mais detalhes do acordo.

Facebook

Em março deste ano, veículos de mídia dos Estados Unidos e do Reino Unido revelaram que o desenvolvedor Aleksandr Kogan coletou informações de milhões de pessoas por meio de um teste de personalidade que circulou na rede social. De acordo com as informações divulgadas, os dados coletados indevidamente foram utilizados para influenciar eleições, como a disputa presidencial dos Estados Unidos vencida por Donald Trump em 2016.

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Após a descoberta, o Congresso dos EUA convocou o presidente da rede social , Mark Zuckerberg, para prestar depoimento sobre o ocorrido. No encontro, o  CEO admitiu que outras empresas compraram as informações levantadas por Kogan e pediu desculpas.   

"Enfrentamos vários problemas com democracia e privacidade. Vocês estão certos em me questionar. O Facebook surgiu como uma empresa idealista. No começo pensamos em todas as coisas boas que poderíamos fazer, mas está claro agora que não fizemos o suficiente para impedir que essas ferramentas sejam usadas para o mal também. Isso vale para fake news, interferência estrangeira em eleições e discurso de ódio, bem como desenvolvedores e privacidade de dados. Não tivemos uma visão ampla o suficiente de nossa responsabilidade, e isso foi um grande erro. Foi um erro meu, e eu sinto muito, eu comecei o Facebook, eu o controlo e sou responsável pelo que acontece aqui”, disse Zuckerberg em um dos momentos do depoimento.

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Apesar das polêmicas, as ações do Facebook e do Twitter continuam em alta. Apenas no primeiro trimestre desse ano, por exemplo, o faturamento do Twitter com "licenciamento de dados e outras receitas" cresceu cerca de 20% e chegou aos US$ 90 milhões.

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