O Google anunciou nesta quinta-feira (18) que vai lançar na próxima terça-feira (22) um novo serviço de streaming de música do YouTube . O serviço que estará disponível primeiro nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, México e Coréia do Sul deverá entrar para a concorrência de um mercado dominado atualmente por Spotify e Apple Music .
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A empresa de streaming sueca criada em 2008 é a atual líder do mercado mundial com 140 milhões de usuários, dos quais 77 milhões são assinantes da versão premium. O Apple Music, por sua vez, ocupa uma confortável segunda colocação nessa ranking com 50 milhões de usuários dos quais 40 milhões pagam pelo serviço e estão, na maioria, concentrados nos Estados Unidos onde os produtos da Apple que já vem com o aplicativo instalado são mais populares.
Eles agora ganham a companhia do YouTube que, segundo divulgado pela própria empresa, conta com mais de 1 bilhão de usuários no site mensalmente. Eles entram no plataforma para ouvir e descobrir novas músicas de mais de 2 milhões de artistas cadastrados, mas segundo afirmou o próprio gerente de produto do novo YouTube Music , Elias Roman: "o YouTube foi feito para vídeo, não apenas para música."
Ainda segundo Roman, "na terça-feira, 22 de maio, mudaremos isso ao apresentarmos o YouTube Music, um novo serviço de streaming de música feito com a magia do YouTube: tornar o mundo da música mais fácil de explorar e mais personalizado do que nunca", afirmou.
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Potenciais e problemas
Com números tão robustos, o potencial do novo serviço é imenso. Agora resta saber qual o tamanho da parcela que será convertida para o novo aplicativo e, mais, quantos pagarão por ele já que, assim como o líder do segmento, o YouTube Music contará com duas versões: uma gratuita com anúncios e outra que custará inicialmente US$ 10 por mês.
A empresa ainda esclareceu que o outro serviço de música do Google, o Google Play Music, não sofrerá mudanças. Os usuários vão seguir tendo acesso às músicas que compraram e recebendo canções e playlists criadas pelos próprios usuários.
Eles, porém, ganharão acesso a versão gratuita do YouTube Music e poderão ouvir as músicas também por streaming. Já aqueles que toparem pagar pela versão premium poderão fazer o download das mesmas sem precisar pagar individualmente por cada uma delas. Essa estratégia é bastante parecida com a que a Apple vem adotando ao priorizar o crescimento do Apple Music, seu serviço de streaming, em detrimento do iTunes, seu serviço de download.
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De qualquer forma, ainda restam muitas dúvidas sobre como o novo aplicativo do YouTube
vai funcionar, mas o Google também já confirmou que após o lançamento nos cinco primeiros países citados, outros 14 já têm previsão de poder acessar o serviço nas próximas semanas. O Brasil, porém, não está nessa lista
que conta com Áustria, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Noruega, Rússia, Espanha, Suíça, Suécia e Reino Unido.